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Coimbra em Blues no Teatro Académico de Gil Vicente com quatro concertos

O Coimbra em Blues regressa ao Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) com quatro concertos a 15 e 16, mas sem o músico Paulo Furtado na programação, que não se revê no festival que ajudou a criar em 2003.

Coimbra em Blues no Teatro Académico de Gil Vicente com quatro concertos
Notícias ao Minuto

16:59 - 07/11/18 por Lusa

Cultura Música

No TAGV, vão atuar, no dia 15, Julian Burdock e Danny del Toro, duo que mistura guitarra, voz e harmónica num "caldeirão" que vai "desde o bottleneck blues ao funk", e os portugueses Budda Power Blues acompanhados pela voz da vocalista de jazz Maria João, informou a organização do festival.

No segundo dia, sobe ao palco do TAGV o australiano Gwyn Ashton, que já abriu para BB King ou Buddy Guy e que se encontra numa digressão mundial a apresentar o seu disco a solo "Elektro".

Também nesse dia, atua Shanna Waterstown, americana que cresceu com o gospel e que já abriu para James Brown e Maceo Parker.

"Coimbra em Blues é uma marca que nasceu no Teatro Académico de Gil Vicente e que agora regressa, nos dias 15 e 16, com propostas diversas para um Festival Internacional de Blues de Coimbra capaz de dar conta no panorama criativo de uma das mais fortes tradições musicais", sublinha o TAGV.

No entanto, a edição deste ano é marcada pelo afastamento do músico Paulo Furtado, conhecido pelos projetos The Legendary Tigerman ou Wraygunn, que tinha assumido a direção artística do Coimbra em Blues no seu arranque e também no seu regresso, em 2017, quando este ocorreu no Convento São Francisco, após um interregno de vários anos.

Com a mudança do local este ano para o TAGV, onde o festival começou em 2003, Paulo Furtado deixou de assumir a programação e referiu que não foi sequer convidado para continuar ao leme do evento.

Em declarações à agência Lusa em setembro, o músico natural de Coimbra referiu que a produtora Trovas Soltas (também responsável pela produção em 2017) apenas o informou que iria organizar novamente o Coimbra em Blues, não o tendo convidado "de todo" para dirigir o festival.

"Acho que não será o mesmo festival. Acho que será outra coisa e seria bom que mudassem o nome do festival, o que, aparentemente, não fizeram. Não podia estar mais afastado ética e artisticamente do festival, como ele está neste momento", criticou.

Paulo Furtado olha para esta situação com tristeza e lamenta que nunca o tenham abordado para dirigir o festival este ano.

"Eu poderia ter programado sem qualquer tipo de remuneração. Tenho muita pena que não haja respeito por todo um trabalho e direção do festival, que começou comigo e com o João Maria André [antigo diretor do TAGV]. Era o recomeço de uma relação com Coimbra, que, do ponto de vista oficial, é um bocadinho afetada por esta situação", disse o músico à agência Lusa.

Questionado na altura pela Lusa, o responsável da Trovas Soltas, Adalberto Ribeiro, referiu que o facto de ter avançado com a programação do festival sem o músico se deveu à incompatibilidade de datas com o artista, alegando que lançou um convite a Paulo Furtado.

O bilhete diário tem um custo de 20 euros, com o passe para os dois dias a custar 30 euros.

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