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Açores: Primeiro de 16 volumes da obra de Vitorino Nemésio quase a chegar

O primeiro livro das obras completas do escritor Vitorino Nemésio, em 16 volumes, denominado Poesia (1935-1940), vai ser lançado no mercado açoriano na próxima semana, disse à Lusa o seu editor, Carlos Alberto Machado.

Açores: Primeiro de 16 volumes da obra de Vitorino Nemésio quase a chegar
Notícias ao Minuto

14:53 - 08/10/18 por Lusa

Cultura Edição

Numa iniciativa da editora Companhia das Ilhas, em parceria com a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, o volume que reúne a primeira produção poética do escritor de origem açoriana está dividido em duas partes: Poesia (1916-1930) e Poesia (1935-1940).

Vitorino Nemésio, cuja obra literária compreende, entre outros, o título 'Mau Tempo no Canal', considerado pela crítica literária um dos maiores romances portugueses do século XX, nasceu em 19 de dezembro de 1901, na Praia da Vitória, na ilha Terceira, e morreu em Lisboa, em 20 de novembro de 1978.

Luís Fagundes Duarte, coordenador editorial e científico da obra, refere numa nota da editora que na primeira parte encontram-se os poemas anteriores a 'La voyelle promise', ou seja, os que apareceram em edição autónoma, aos quais o autor conferiu um estatuto de livro, a par de um conjunto de poemas.

Neste último capítulo são aqui alinhados, pela ordem cronológica da publicação, "Canto Matinal (1916)", 'A Fala das Quatro Flores (1920)', 'Nave Etérea (1922)' e 'Sonetos para Libertar um Estado de Espírito Inferior (1930)'.

Seguem-se os poemas publicados em jornais e revistas que foi possível encontrar, sob a designação genérica de "Poemas Dispersos", eles também alinhados segundo a ordem cronológica de publicação.

A obra contempla ainda um poema de 1922, inédito até 1979 ("Versos Qu'o Pai Que Foi p'ò Trabalho Fez à Sua Filha").

Na segunda parte da obra agora lançada surge - e tal como o autor os dispôs em Poesia (1935-1940) - 'La voyelle promise (1935)', 'O Bicho Harmonioso (1938)' e 'Eu, Comovido a Oeste (1940)'.

"Em complemento, e no seu lugar natural, o leitor encontrará a melhor reflexão que alguma vez terá sido feita sobre a poesia de Vitorino Nemésio: a dele próprio, no texto 'Prefácio: Da Poesia', refere Luiz Fagundes Duarte, professor da Universidade Nova de Lisboa.

Considerado um dos grandes escritores portugueses do século XX, Nemésio recebeu, em 1965, o Prémio Nacional de Literatura e, em 1974, o Prémio Montaigne.

A sua obra compreende cerca de 40 títulos na área da fição, poesia, ensaio e crítica, a par da crónica, como 'Festa Redonda' (1950), 'Nem Toda a Noite a Vida' (1952), 'O Pão e a Culpa' (1955), 'O Verbo e a Morte' (1959), 'O Cavalo Encantado' (1963), 'Canto da Véspera' (1966) e 'Sapateia Açoriana' (1976), além de 'Mau Tempo no Canal' (1944).

A Vitorino Nemésio é atribuída a criação do termo 'açorianidade', num artigo sobre a condição histórica, geográfica, social e humana do açoriano, publicado em 1932.

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