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Câmara convida escolas a educar e aprender no "museu aberto" que é Lisboa

A Câmara de Lisboa tem este ano um projeto que aproxima os seus equipamentos culturais da comunidade escolar, permitindo aos professores e alunos de todos os níveis complementar os currículos escolares com aprendizagem em bibliotecas, museus, monumentos e teatros.

Câmara convida escolas a educar e aprender no "museu aberto" que é Lisboa
Notícias ao Minuto

10:52 - 13/09/18 por Lusa

Cultura Autarquia

Segundo a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, no programa 'Descola' estarão disponíveis para as escolas do concelho, durante o ano letivo, 80 projetos, adaptados aos alunos desde o pré-escolar ao secundário, em 39 equipamentos culturais da cidade, envolvendo mediadores culturais, artistas e professores.

Neste primeiro ano, a autarquia espera receber cerca de 20 mil alunos.

"O que nós queremos fazer é responder ao desafio colocado pelo perfil do aluno do seculo XXI e pelas novas abordagens da educação no sentido da autonomia e flexibilidade curricular", explicou à Lusa a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto.

O 'Descola', da iniciativa da Direção Municipal de Cultura e da EGEAC, adaptou os serviços educativos dos diversos equipamentos aos novos desafios do ensino, que passam por "uma visão mais humanista da educação, uma educação virada para a cidadania, que fomenta competências transversais, como sejam o espírito crítico, a capacidade estética e artística, a capacidade de trabalho em equipa, de iniciativa, tudo competências transversais que a partir das artes e da cultura podem ser muito facilmente trabalhadas", destacou a vereadora.

Procura-se passar do ensino expositivo, que tradicionalmente se tem nas salas de aulas, "para uma metodologia mais interativa e participativa, na qual os alunos são convidados a experienciar, através dos vários projetos culturais, os conteúdos que trabalham na sala de aula", desde a história, à filosofia, à literatura, à matemática e à música, entre outras matérias.

Na iniciativa participam a Rede de Bibliotecas, a Casa Fernando Pessoa, arquivos municipais, o Centro de Arqueologia, o Castelo de São Jorge, o Cinema de S. Jorge, o S. Luiz Teatro Municipal, o Padrão dos Descobrimentos e diversos museus, entre outros.

"A nossa cidade de Lisboa é um museu aberto, uma fonte inesgotável de possibilidades de construção de outras formas de olhar o currículo. No fundo, é trabalhar todos os conteúdos curriculares a partir do património existente na cidade, mas também com a contemporaneidade de artistas, como o Vasco Araújo", considerou.

A generalidade das iniciativas realiza-se fora da escola, mas há algumas em que artistas podem ir aos estabelecimentos de ensino.

O 'Escolas Criativas', por exemplo, é um projeto que decorre junto de algumas escolas, no qual um artista convidado vai trabalhar durante o ano temas específicos com os alunos.

É o caso de Vasco Araújo, que, com as Galerias Municipais, vai trabalhar com alunos da Escola Secundária Rainha Dona Leonor questões de identidade, e o de Joana Craveiro, que, com o Museu do Aljube, vai abordar as memórias no tempo de ditadura na Escola Básica e Secundária Gil Vicente.

O 'Descola' foi desenhado após um diagnóstico com alguns professores realizado durante o primeiro semestre deste ano.

Algumas das iniciativas foram totalmente criadas de raiz e outras, já existentes, foram adaptadas.

O programa colabora ainda com eventos que já existiam na cidade, como a 'Monstrinha' e o 'Play'.

Os professores vão ter dois dias abertos, um em 22 de setembro e o outro em 17 de outubro, onde lhes serão mostrados pequenos exemplos destes projetos.

A maioria das iniciativas são gratuitas, mas algumas podem custar até cerca de três euros.

O programa completo pode ser consultado em http://egeac.pt/evento/descola/.

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