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Espetáculo assinala centenário do nascimento de Maria Teresa de Noronha

O centenário do nascimento da fadista Maria Teresa de Noronha é assinalado hoje, com um espetáculo no Centro Olga Cadaval, em Sintra, no qual participam cerca de dez fadistas.

Espetáculo assinala centenário do nascimento de Maria Teresa de Noronha
Notícias ao Minuto

08:10 - 07/09/18 por Lusa

Cultura Fado

Margarida Noronha, Maria da Graça Noronha, Teresa da Câmara, Teresa Brum, Carmo Moniz Pereira, Matilde Cid, Margarida Soeiro, Margarida Bessa e Teresa Siqueira são as fadistas que vão interpretar temas do repertório de Maria Teresa de Noronha (1918-1993), que celebrizou temas como "Mataram a Mouraria", "Fado das Horas" ou "Saudade das Saudades".

As fadistas serão acompanhadas pelos músicos Luís Petisca, na guitarra portuguesa, Armando Figueiredo, na viola, e Luís Morais, na viola baixo, e a apresentação está a cargo do fadista José da Câmara, sobrinho-neto de Maria Teresa de Noronha.

Esta é uma iniciativa da Academia da Guitarra Portuguesa e do Fado (AGPF) que, paralelamente, apresenta um álbum com composições de José António Sabrosa (1915-1987), que foi marido de Marido Teresa de Noronha.

O disco inclui 14 melodias, entre elas os fados da Defesa e Tia Dolores, e melodias inéditas recolhidas pelo guitarrista José Pracana (1946-2016).

José António Sabrosa "teve uma importância decisiva na sua carreira", disse à agência Lusa o presidente da AGPF, Nuno Siqueira.

"A AGPF entendeu que era indispensável estender a homenagem a Maria Teresa de Noronha ao seu marido, que foi um exímio guitarrista e tinha um dom notável para a composição" fadista, afirmou.

Maria Teresa de Noronha "aliava várias qualidades que fizeram dela uma artista de exceção: grandes recursos técnicos - voz límpida, timbre lindíssimo, afinação inexcedível -, sentimento, capacidade de expressão, grande rigor na escolha das músicas e das letras".

Qualidades que, prosseguiu Nuno Siqueira, "emocionavam quem a ouvia".

Em finais da década de 1960, numa entrevista à imprensa, Maria Teresa de Noronha disse que "o fado por definição é uma mensagem do próprio instante em que se canta".

A criadora de "Cantigas à Desgarrada" recebeu o Prémio Cantadores, do concurso de artistas de rádio, segundo notícia publicada no Diário de Lisboa, em junho de 1943.

O presidente da AGPF sublinhou que a criadora de "Fado da Verdade" é "uma das grandes figuras do fado do século XX".

O seu último álbum, "Saudades da Saudade", foi editado em 1972. A edição da integral das gravações da fadista, coordenada pelo investigador Frederico Santiago, que inclui inéditos, está prevista para novembro, segundo informação da discográfica Valentim de Carvalho.

A AGPF, por seu turno, tem previsto outras iniciativas, no âmbito das comemorações do centenário, designadamente, uma exposição no Museu do Fado, em Lisboa, a partir do "espólio deixado por Maria Teresa de Noronha, atualmente, na posse dos seus sobrinhos do ramo Noronha de Mendonça, ao qual se juntarão outras peças, na posse de particulares ou de instituições".

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