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LU.CA é o novo teatro de Lisboa para crianças e jovens e abre na sexta

Um novo teatro para crianças e jovens, o LU.CA - Teatro Luís de Camões, em Belém, abre na sexta-feira, em Lisboa, com um programa que se prolonga por três dias como uma "festa popular em grande".

LU.CA é o novo teatro de Lisboa para crianças e jovens e abre na sexta
Notícias ao Minuto

08:45 - 29/05/18 por Lusa

Cultura EGEAC

O anúncio foi feito por Catarina Vaz Pinto, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, e por Susana Menezes, diretora artística do teatro, numa visita à imprensa destinada a divulgar o programa da inauguração e o resultado das obras de restauro iniciadas pela autarquia há mais de dois anos.

"Um programa intenso" para assinalar a devolução, à população mais jovem do concelho de Lisboa, da sala que data do século XVIII (1737), quando foi a Casa da Ópera do Rei D. João V.

A abertura do LU.CA coincide com o Dia Mundial da Criança, como explicaram à imprensa Catarina Vaz Pinto e Susana Menezes. E o seu nome surge do jogo lúdico e educativo com as primeiras sílabas do nome de Luís de Camões - por LU.CA ser também um local de aprendizagem para crianças, e porque era necessário distingui-lo, ao nível da comunicação, do Teatro Camões, no Parque das Nações.

"Dias de Inauguração!" -- assim se chama o programa que começa nesta sexta-feira e se prolonga por sábado e domingo, das 15:00 às 20:00.

Para o Dia Mundial da Criança está já confirmada a presença de 80 alunos de uma escola das imediações, informou a diretora artística.

Um concerto pela Orquestra Juvenil Metropolitana, com narração de fábulas de La Fontaine por sete mulheres, "Biblioteca do Público -- Livros espetaculares (Mesmo!)", iniciativa de livros escolhidos, com curadoria de Sara Amado, autora de um blogue, uma oficina de fotografia (que permitirá às crianças serem fotografadas no teatro a preto-e-branco e depois colorirem as suas fotos) contam-se entre as iniciativas dos "Dias de inauguração!", anunciou Sara Menezes.

Uma performance de rua intitulada "Girafas", uma exposição com projetos dos alunos do 1.º ano de design de ambientes da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha são outras das propostas para os três "Dias de Inauguração!", explicou também a vereadora Catarina Vaz Pinto.

"Espreitar uma sala com uns binóculos" é outra das propostas para esses três dias, durante os quais as crianças poderão observar os camarotes e as salas do renovado teatro, assim como os frescos que enfeitam o teto, pintados por Columbano Bordallo Pinheiro sobre tela, e descobertos durante a intervenção agora realizada pela autarquia local, como informou a diretora artística, Susana Menezes, que vem do Teatro Municipal Maria Matos.

O programa da inauguração, assim como o das iniciativas previstas até final de julho, será gratuito, mediante levantamento de ingressos na hora anterior ao início dos espetáculos, referiu Susana Menezes. Mas na nova temporada, que começará em setembro, os ingressos para o teatro já serão pagos, como salientou a vereadora.

Apesar de ainda não estar definido o custo dos bilhetes, estes terão preços diferenciados, nomeadamente, para crianças, adultos, escolas e escolas carenciadas, acrescentou Vaz Pinto.

Após a inauguração, o LU.CA estará encerrado no fim de semana de 09 e 10 de junho, reabrindo a 16, com o programa "Visita ao teatro".

Trata-se de uma iniciativa em que se convida a cidade a conhecer o interior deste teatro do século XVII, agora totalmente recuperado, um projeto do arquiteto Manuel Graça Dias e no qual a autarquia despendeu cerca de 1,2 milhões de euros, segundo a vereadora da Cultura da Câmara de Lisboa.

O palco, o subpalco, os camarins, a teia e os escritórios serão mostrados durante quatro visitas de 60 minutos (às 11:00, 15:00, 16:30 e 18:00).

Em julho, haverá oficinas de teatro para crianças com mais de 12 anos, orientadas por Cláudia Gaiolas, e com mais de 14 anos, por Tânia Alves.

Em agosto, o LU.CA encerrará, reabrindo em setembro, com um espetáculo encomendado ao ator e dramaturgo Alex Cassals, no qual se irá mostrar às crianças as máquinas de cena do teatro, disse Susana Menezes.

"Este teatro, embora pequeno, tem tudo o que tem um teatro para crescidos", acrescentou, citando, a título de exemplo, as quarteladas que saem do chão do palco ou as bambolinas que o ladeiam e que fazem o contorno da caixa cénica, ou das que são utilizadas para impedir que as luzes e outros equipamentos de palco sejam visíveis à plateia.

Com este teatro - o primeiro municipal exclusivamente vocacionado para crianças e jovens, com uma capacidade de 81 lugares de plateia e 50 de camarotes -, a autarquia pretende diversificar a oferta cultural, promover cruzamentos com outras expressões artísticas, criar sinergias com estruturas locais, como bibliotecas, escolas, juntas de freguesia ou outras instituições, e criar uma oferta cultural mais variada, como disse a vereadora da Cultura.

O novo teatro já tem uma página de internet própria - www.lucateatroluisdecamoes.pt -, estando, igualmente, disponível uma página na rede social Facebook.

"No fundo, o que se pretende é mostrar que a arte está em todo o lado", acrescentou, frisando que a abertura deste teatro permite, igualmente, "aumentar e diversificar bastante aquilo que era a oferta do Maria Matos" para este público-alvo.

Cem mil euros era o custo estimado da programação anual para crianças e jovens do Teatro Maria Matos, um valor que triplica agora para o LU.CA, segundo a vereadora da Cultura e a diretora artística do Teatro Luís de Camões.

"Garantir e proporcionar uma diversidade de ofertas, ter ofertas de grande público, mais acessíveis, e programações mais de nicho, porque a cidade vive disso" foram, segundo Catarina Vaz Pinto, fatores que estiveram na base do projeto de reorganização dos teatros de Lisboa.

"Aquilo que nos compete fazer, enquanto poder público, é promover essa oferta diversificada e dar as ferramentas a cada um, para ir escolhendo", disse a vereadora, sublinhando que, no caso do novo teatro para os mais novos, o que importa é "proporcionar às crianças uma educação artística o mais variada possível, para que elas tenham capacidae de escolha e de reflexão sobre as coisas e o mundo em que vivem", acrescentou.

Só assim se obtém uma cidade "mais rica e mais culta", e cidadãos "mais bem preparados" no futuro, concluiu.

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