Teatro Maria Matos recebeu duas propostas para projeto artístico
Duas propostas apresentaram-se ao concurso público para o projeto artístico do Teatro Maria Matos, em Lisboa, e serão agora submetidas a uma "primeira avaliação jurídica" para confirmar a sua elegibilidade, disse à agência Lusa fonte oficial.
© Leonardo Negrão / Global Imagens
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Segundo fonte da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), da Câmara Municipal de Lisboa (CML), após esta "primeira avaliação", o júri iniciará o processo de escolha das propostas.
"O prazo legal para a apresentação das candidaturas para o concurso público para a seleção do projeto artístico do Teatro Maria Matos terminou na quinta-feira à meia-noite", tendo sido apresentadas "duas propostas", informou a EGEAC, acrescentando que "seguir-se-á uma primeira avaliação jurídica para confirmar a elegibilidade de cada uma das propostas e, em seguida, o júri iniciará o processo de deliberação".
A presidente do conselho de administração da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, a atriz e encenadora Natália Luiza, o dramaturgo e investigador teatral Jorge Louraço e o jornalista Nuno Galopim compõem o júri que irá selecionar "o melhor projeto artístico para desenvolver no Teatro Maria Matos".
O júri será presidido por Pilar del Rio, presidente da Fundação José Saramago.
O vencedor do concurso adquirirá o direito a tomar de arrendamento o edifício, assegurando o [seu] funcionamento", "nos termos de contrato a celebrar", lê-se no 'síte' da EGEAC.
Em dezembro de 2017, a vereadora da Cultura da CML, Catarina Vaz Pinto, anunciou um novo projeto de gestão dos teatros da autarquia, que, segundo a autarca, tem por objetivo resgatar lugares associados à cultura e diversificar a oferta cultural da cidade.
O plano abrange 11 teatros, dois dos quais -- São Luiz e Maria Matos -- estão sob gestão da EGEAC, e vai permitir o "resgate de mais dois teatros para a cidade [Bairro Alto e Luís de Camões], e a diversificação de públicos".
Na altura, Catarina Vaz Pinto explicou que o novo plano prevê que apenas o Maria Matos seja gerido por uma entidade externa.
O anúncio gerou contestação e, entre outras iniciativas, deu origem a uma petição assinada por mais de 2.500 pessoas para a manutenção desta sala na esfera autárquica, que foi entregue na Assembleia Municipal de Lisboa.
Em fevereiro último, a autarquia de Lisboa aprovou as "linhas orientadoras relativas à programação" do Teatro Maria Matos, uma proposta que foi aprovada com os votos favoráveis do PS e do PSD, e os votos contra do CDS-PP, BE e PCP.
A proposta aprovada refere que o Maria Matos deverá passar a ser um teatro "com uma nova missão", vocacionado para "espetáculos de grande público, predominantemente teatro".
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