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Ministro enaltece Eduardo Lourenço aos 95 anos por liberdade e lucidez

O ministro da Cultura enalteceu hoje o ensaísta Eduardo Lourenço, numa carta que lhe enviou de felicitação pelos 95 anos, pela sua noção de liberdade, pela lucidez no que escreve e por obrigar à reflexão sobre ser-se português.

Ministro enaltece Eduardo Lourenço aos 95 anos por liberdade e lucidez
Notícias ao Minuto

18:30 - 23/05/18 por Lusa

Cultura Castro Mendes

Dirigindo-se a Eduardo Lourenço, enquanto ministro da Cultura, mas também na qualidade de "amigo e admirador", Luís Filipe Castro Mendes faz questão de assinalar, nesta data particular, "a enorme honra" que sente em ser amigo do ensaísta e filósofo.

"Não posso deixar de sublinhar a sua noção de liberdade, a ironia com que aborda os assuntos mais sérios, a lucidez patente no que escreve e no que diz, e o quanto nos obriga a refletir em profundidade sobre nós portugueses e sobre nós enquanto cidadãos do mundo. E como tudo isso, junto, nos comove e nos inspira", lê-se na missiva.

Agradecendo a "presença constante" de Eduardo Lourenço em Portugal e nos vários países onde o seu "nome é conhecido e justamente admirado", Luís Filipe Castro Mendes termina a carta afirmando que os 95 anos do pensador português dão a todos a "certeza" de que "é possível ser-se grande em todos os momentos da vida".

No dia em que Eduardo Lourenço comemora os 95 anos vai ser exibido pela RTP 1, às 21:00, o documentário "O Labirinto da Saudade", de Miguel Gonçalves Mendes, que se estreia nas salas de cinema nacionais na quinta-feira.

À Lusa, Eduardo Lourenço, ator dele próprio no filme, afirmou-se feliz com a homenagem prestada através do documentário, mas confessou que lhe é "difícil assumir" este aniversário.

O ensaísta admitiu que é "um bom presente de aniversário", ainda para mais tendo a ideia do filme partido de um grupo de amigos, mas confessou que, para ele, fazer 95 anos é uma "coisa sempre rara e difícil de assumir, porque é o princípio do fim".

"Todos nós estamos confrontados com essa exigência, não encaro isso como uma coisa trágica, era só o que faltava. A tragédia já é em si nós não podermos escapar àquilo que nos espera, seria uma injustiça para todas as outras pessoas, que eram os nossos, que já morreram, que nós não fossemos capazes de suportar aquilo que eles suportaram quando chegou o fim deles. É ir para a morte como se todos aqueles que nos conheceram e nós amámos estivessem connosco".

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