Aplausos de 10 minutos. Novo filme de Spike Lee liga racistas a Trump
'BlacKkKlansman' foi aplaudido de pé durante 10 minutos no Festival de Cinema de Cannes.
© Reuters
Cultura Cannes
Spike Lee voltou à competição do Festival de Cinema de Cannes em grande. Depois de anos sem participar no evento, o realizador foi aplaudido de pé, durante mais de 10 minutos, após a apresentação de 'BlacKkKlansman'.
O filme, recupera a história real de um polícia afro-americano do Colorado que decidiu infiltrar-se no Ku Klux Klan, na década de 70, com a ajuda de um colega norte-americano. Enquanto luta contra o racismo, Ron Stallworth, interpretado por John David Washington, tem de lidar com o facto de ser ele próprio vítima de discriminação e de piadas, até por parte dos seus colegas de farda.
Spike Lee quis dar ao público o retrato de um país em eterna luta contra o racismo. Apesar da gravidade do tema, o realizador norte-americano decidiu abordar o racismo, em 'BlacKkKlansman', com leveza, humor e ironias aproveitando para lançar fortes farpas a Donald Trump.
Segundo o Huffington Post, durante o filme aparecem slogans como “América primeiro” e “Fazer a América grande novamente” numa clara associação à campanha eleitoral do atual presidente dos EUA.
E caso dúvidas existissem, na apresentação aos jornalistas, esta terça-feira, em Cannes, Spike Lee esclareceu: "Aquele filho da p... teve a oportunidade de dizer que o que importa é o amor e não o ódio. Mas não, aquele filho da p... não denunciou o Klu Klux Klan, a extrema-direita, nem os neonazis".
'BlacKkKlansman' chegará aos cinemas norte-americanos no dia 10 de junho. Em Portugal, ainda não há data de estreia.
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