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Tem crédito à habitação? Oito dicas para lidar com a subida da prestação

Da análise ao extrato à otimização do orçamento familiar, fique a par de oito dicas que podem ajudar a lidar com o impacto da prestação mensal do crédito à habitação.

Tem crédito à habitação? Oito dicas para lidar com a subida da prestação
Notícias ao Minuto

07:51 - 20/12/22 por Notícias ao Minuto 

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Quem tem empréstimo para comprar casa com taxa variável deverá continuar a assistir, nas próximas revisões, a uma subida da prestação mensal, já que o Banco Central Europeu (BCE) prevê manter o aumento das taxas de juro nos próximos meses. A DECO recomenda que os consumidores analisem os seus orçamentos familiares e reajustem hábitos. 

"A subida da Euribor implicará um aumento significativo na prestação do crédito habitação cujo contrato se rege por taxa variável. É com esta preocupação que a DECO alerta os consumidores para, em família, olharem para o orçamento e em conjunto reajustar hábitos de consumos, promovendo uma vida financeira mais robusta, preparada para fazer face a imprevistos", disse Natália Nunes, coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da DECO, ao Notícias ao Minuto.

Na opinião de Natália Nunes, os consumidores que têm crédito habitação com taxa variável devem:

  1. Começar por verificar no extrato mensal que recebe do banco se o seu crédito habitação tem taxa de juro variável indexada à Euribor. A taxa de juro do crédito habitação, a TAEG, resulta do somatório da Euribor (a 3, 6 ou 12 meses) e do spread (lucro do banco);
  2. Fazer uma pesquisa de mercado, pedir simulação a outros bancos e comparar. Pedir a FINE – Ficha de Informação Normalizada e compare a TAEG – Taxa Anual Efetiva Global e o MTIC – Montante Total Imputado ao Consumidor;
  3. Verificar qual o spread contratado e qual o que está a ser praticado pelo mercado. Se o spread for elevado negociar com o banco para o tentar baixar;
  4. Equacionar, perante uma proposta vantajosa e tendo em vista a transferência do seu crédito habitação para outro banco. Mas deverá ponderar-se os custos associados, sendo que até ao final de 2023 está-se isento do pagamento da comissão de amortização, mas existem outros custos;
  5. Calcular a taxa de esforço, ou seja, o peso dos créditos no rendimento líquido mensal. Deverá ser preferencialmente inferior e 35%;
  6. Contactar a instituição de crédito se taxa de esforço for superior aos 35%, é um sinal de alerta, para tentar renegociar os créditos;
  7. Acompanhar a evolução da taxa Euribor e ir fazendo simulações, para verificar o impacto que tem no seu orçamento familiar a atualização da prestação. Pode utilizar o simulador do Banco de Portugal: https://clientebancario.bportugal.pt/credito-habitacao;
  8. Otimizar o orçamento familiar para acomodar a nova prestação e permite também antever as dificuldades e contactar a instituição de crédito sempre que se anteveja que se vai ter dificuldades em pagar a prestação.

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