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Casafari quer realojar trabalhadores cá e cria plataforma de acolhimento

A Casafari quer realojar os seus trabalhadores em Portugal, perante o conflito na Ucrânia, e criou uma plataforma de acolhimento para refugiados, que junta ofertas de casas, apartamentos e quartos.

Casafari quer realojar trabalhadores cá e cria plataforma de acolhimento
Notícias ao Minuto

10:27 - 10/03/22 por Lusa

Casa CASAFARI

Cerca de 250 trabalhadores desta plataforma de dados imobiliários, criada em Portugal, estão em regime remoto, sendo que mais de 100 desempenham funções e vivem na Ucrânia.

"A nossa prioridade foi garantir que todos estavam seguros e saudáveis. Algumas destas pessoas já passaram a fronteira, sobretudo, mulheres e crianças. Agora aguardam pela possibilidade de viajar para Portugal ou para outro país na Europa", apontou, em declarações à Lusa, a cofundadora e diretora-geral da Casafari, Mila Suharev.

Conforme referiu, a empresa quer agora realojar os seus trabalhadores em Portugal, estando, por isso, a apoiá-los, por exemplo, através de doações ou da disponibilização de apoio jurídico, em parceria com outras entidades.

A equipa portuguesa está ainda a desenvolver projetos de alojamento e ofertas de empregos na área das tecnologias de informação.

Inicialmente, este apoio destinava-se apenas aos colaboradores da Casafari, mas a iniciativa estendeu-se a todos os refugiados.

Assim, foi criada a plataforma 'Housing for Refugees', que já reúne mais de 5.000 anfitriões na Europa.

"Esta plataforma disponibiliza abrigos de curta duração ou acomodações de longa duração, ligando os anfitriões e a rede de voluntários aos refugiados", precisou Suharev, explicando que, através do 'site' é possível encontrar ou oferecer alojamento aos refugiados ucranianos.

Segundo dados desta plataforma, em Portugal existem mais de 1.000 ofertas de abrigo.

Os alojamentos podem ser gratuitos ou "de baixo valor", consoante o período de estadia e a oferta dos anfitriões.

Mila Suharev destacou ainda o papel dos voluntários em todo o processo, que vão acompanhar as famílias e garantir que a acomodação corre o melhor possível.

"É preciso haver pessoas que cuidem deles [refugiados]. Precisam de um lugar para viver em segurança, não foi nada planeado", notou, acrescentando que a plataforma quer estar aberta "a todos os refugiados, quer possam ou não pagar, quer precisem de um alojamento de curta ou longa duração".

Paralelamente, a Casafari está a recolher bens para enviar para a Ucrânia. Só nas primeiras 48 horas, esta iniciativa angariou duas toneladas de bens prioritários, através de 'startups' (empresas com rápido potencial de crescimento económico) e donativos individuais.

A também cofundadora da empresa adiantou à Lusa que as doações continuam a chegar e que têm recebido telefonemas para saber se também aceitam donativos em dinheiro.

De acordo com esta responsável, tal ainda não é possível, mas os interessados podem continuar a entregar bens essenciais.

"É importante continuarmos focados neste projeto. Há milhões de refugiados a atravessar as fronteiras e está na mão da Europa ajudar", concluiu.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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