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AICCOPN diz que falta mão-de-obra na construção, mas sindicato contesta

A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) anunciou hoje que faltam 70 mil trabalhadores no setor da construção, mas o sindicato contesta, afirmando que a situação não é a retratada e que a realidade passa pela "emigração dos trabalhadores".

AICCOPN diz que falta mão-de-obra na construção, mas sindicato contesta

"Na notícia que saiu hoje no Jornal de Notícias alusiva à construção, o senhor presidente da AICCOPN no que diz respeito à falta de mão-de-obra no setor da construção, mentiu", começa por revelar o presidente do Sindicado da Construção de Portugal, Albano Ribeiro, em nota escrita enviada ao Notícias ao Minuto.

Em causa, está a notícia do Jornal de Notícias, avançada esta sexta-feira, que divulga faltam 70 mil trabalhadores no setor da construção, de acordo com o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Manuel Reis Campos. 

Face a esta declaração, Albano Ribeiro fez sobressair de que a situação não é a retratada, uma vez que, a realidade, nas suas palavras, passa pela "emigração dos trabalhadores".

Nesta senda, o presidente do Sindicato da Construção reforça que "nos últimos seis anos, saíram 16 mil engenheiros civis do país. No total, totalizaram-se 300 mil trabalhadores da construção a abandonar o país." E acrescenta que Manuel Reis Campos "sabe muito bem que assinou recentemente um contrato coletivo de trabalho com Sindicatos que os trabalhadores do setor não conhecem."

Albano Ribeiro defende que a escassez de mão de obra poderia ser resolvida, se os salários fossem mais ajustados à realidade do país. Isto porque, "um carpinteiro em Portugal, tem um salário de 720 euros, enquanto que em Espanha, ganha 2 mil euros." Já relativamente a posições mais elevadas no ramo, como engenheiros civis, estes ganham cerca de "960 euros, por cá, e em Espanha recebem 4.500 euros mensais."

Por esse motivo, "os trabalhadores de Leste e de outras nacionalidades, hoje em dia, já não vêm (para Portugal) porque vão para os países ricos", acrescenta o presidente do Sindicato da construção.

Desse modo, "foi apresentada ao senhor presidente da AICCOPN uma proposta em carta registada c/AR por este sindicato para negociar o CCT da construção e até hoje ele não teve respeito pela maior organização do setor que todos os parceiros sociais conhecem assim como os trabalhadores." Uma atitude que o Sindicato considera ser "reveladora de falta de ética para com este Parceiro Social", escreve Albano Ribeiro.

Nesta tutela, o presidente do Sindicato da Construção de Portugal termina com um desafio lançado ao "presidente da AICCOPN para um debate público, para que assim a sociedade e os trabalhadores conheçam a falta de respeito para com o maior parceiro social do setor bem como com os trabalhadores."

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