O declínio na venda de residências em municípios turísticos foi muito mais intenso do que nos municípios não turísticos, com os preços também a cair fortemente, segundo os dados hoje divulgados pelo CaixaBank Research, a que o Ejeprime teve acesso. No entanto, para o próximo ano, prevê-se uma recuperação.
De acordo com os dados relativos ao ano de 2020, a quebra nas vendas nos municípios turísticos foi de 17,8%, contra 12,4% das localidades consideradas não turísticas. "A recuperação durante este ano de 2021 está a ser mais suave nos municípios turísticos", refere a análise.
Por sua vez, o preço médio nos municípios turísticos passou de um aumento de 7,5% em 2019 para uma queda de 1,1% em 2020. Sendo que nos municípios não turísticos, o valor médio da habitação passou de 7,1% em 2019 para 1,6% em 2020.
Olhando para este ano, o CaixaBank prevê um aumento médio do preço da habitação de 0,5% nos municípios turísticos e um aumento superior de 0,9% nos municípios turísticos. "Estas previsões são mais moderadas do que as do modelo anterior à pandemia, quando se esperavam aumentos de cerca de 2% ao ano", lê-se no relatório.
Ainda assim, o CaixaBank está otimista quanto à procura externa de habitação em zonas turísticas e espera que nos próximos meses "a procura apreendida" pelos efeitos da pandemia seja reforçada.
O serviço de investigação da instituição financeira destaca ainda que os estrangeiros compraram 47.500 casas em Espanha em 2020 (11,3% do total de vendas), um valor semelhante ao de 2015 e muito superior à média de 2008-2015 (28 mil casas), o que mostra que o seu interesse em adquirir uma residência em Espanha não diminuiu, escreve o jornal espanhol.
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