Vendas de casas nos EUA caíram pela primeira vez nos últimos 14 meses
Em agosto, as vendas de habitação nos EUA foram 1,5% inferiores face ao período homólogo, sendo esta a primeira queda vista nos últimos 14 meses. No entanto, continuam acima dos níveis pré-pandemia.
© Reuters
Casa EUA
As vendas de casas nos EUA caíram pela primeira vez nos últimos 14 meses. De acordo com os dados divulgados pela National Association of Realtors, a que a CNBC teve acesso, em agosto, as vendas foram 1,5% inferiores face ao período homólogo. No entanto, continuam acima dos níveis pré-pandemia.
Já em cadeia, as vendas de casas nos EUA diminuíram 2% em agosto face a julho. Este valor traduz uma queda para cerca de 5,88 milhões de unidades.
"O setor da habitação está claramente a assentar", revelou Lawrence Yun, economista-chefe dos corretores de imóveis, que classificou a subida do ano passado como "uma anomalia".
A oferta de casas para venda caiu 1,5% para 1,29 milhões, no final de agosto. Comparativamente ao período homólogo, a oferta baixou 13%. Uma tendência que os especialistas esperam ver ser invertida, com o fim da moratória do despejo. "Esperamos mais inventário a chegar, talvez com o fim da moratória do despejo", referiu Yun.
A escassa oferta elevou o preço médio das casas existentes, vendidas em agosto, para os 356.700 dólares (aproximadamente 304.118 euros). Este valor representa um aumento de 14,9% face a agosto de 2020.
Ou seja, as casas com um preço inferior a 250 mil dólares (cerca de 213 mil euros) caíram em comparação com há um ano, enquanto as que estavam acima de um milhão de dólares (852.588 mil euros) subiram 40%. Um fator prejudicial, especialmente para os compradores da primeira casa, segundo revela a CNBC.
O número de primeiros compradores caiu 29% do total de todas as vendas, sendo este considerado o valor mais baixo desde janeiro de 2019. Isto porque, geralmente, os primeiros compradores geralmente compõem 40% dos compradores.
Por referencia às taxas de juros da hipoteca, os juros começaram a cair em junho de 3,25% para um mínimo de 2,78%, face ao popular a 30 anos fixado no início de agosto, segundo os dados divulgados pela Mortgage News Daily. Uma queda que deveria ter ajudado os compradores da primeira casa, uma vez que tendem a ter menos margem de manobra financeira.
Por sua vez, os construtores têm vindo a aumentar os preços para acompanhar os custos elevados dos terrenos, mão-de-obra e materiais.
Leia Também: Pedidos de subsídio de desemprego subiram na semana passada nos EUA