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Apontado risco de incumprimento de gigante do imobiliário da China

A imobiliária chinesa Evergrande sofreu esta semana dois cortes na classificação da sua dívida, pelas agências Fitch e Moody's, provocando receios de falência da empresa, cuja dívida ascende ao equivalente a quase 260 mil milhões de euros.

Apontado risco de incumprimento de gigante do imobiliário da China

© Shutterstock

Lusa
10/09/2021 11:28 ‧ há 4 anos por Lusa

Aquele montante é superior ao PIB (Produto Interno Bruto) de Portugal.

A Moody's cortou a avaliação da empresa e, um dia depois, a Fitch fez o mesmo, ao baixar o rating de CCC+ para CC.

O nível de 'rating' CC envolve grande probabilidade de incumprimento.

A China Chengxin, importante agência de crédito chinesa, também baixou a classificação da dívida da Evergrande de AAA para AA, colocando-a numa lista de observação.

O grupo, fundado em 1996, acumulou dívidas para saldar os seus empreendimentos imobiliários e a sua expansão para outros setores, como a saúde ou desenvolvimento de veículos elétricos.

A queda no valor das vendas de casas novas, desde o início do ano, e as novas regulações de Pequim para o setor imobiliário, visando combater a especulação, agravaram a crise de dívida da Evergrande.

No final de dezembro passado, foram aprovados novos regulamentos, que limitam os empréstimos a grandes empresas de imobiliário, algumas das quais, como a Evergrande, já acumulavam fortes dívidas.

Desde o início de julho de 2020, devido às novas regulações, queda nas receitas e lucros e fraco desempenho dos negócios imobiliários da empresa, as ações da Evergrande na Bolsa de Valores de Hong Kong perderam mais de 84% do seu valor.

O setor imobiliário, um dos pilares do crescimento económico da China nas últimas décadas, representa, segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas da China, 7,5% do PIB do país.

Alguns projetos da Evergrande já foram suspensos, enquanto a empresa coloca ativos à venda, visando criar liquidez, e tenta negociar com os seus fornecedores para atrasar os pagamentos e evitar a falência.

A possível falência da Evergrande, que emprega mais de 120.000 pessoas, seria sentida não só no país asiático, mas também nos mercados globais, dada a grande dimensão do grupo, cujo passivo ascende a 257.487 milhões de euros.

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