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REN: Contributo das energias renováveis nos edifícios continua a crescer

O novo relatório da REN21 revela "lacuna alarmante" entre metas e ações quanto às energias renováveis. Ainda assim, o contributo destas fontes de energia nos edifícios continua a crescer, com um claro destaque do seu aproveitamento para eletricidade.

REN: Contributo das energias renováveis nos edifícios continua a crescer

O Relatório de Status Global das Energias Renováveis 2021 da REN21 revelou uma “lacuna alarmante” entre as metas ambientais e as ações tomadas no que respeita ao uso das energias renováveis. Ainda assim, segundo a revista Edifícios e Energia, que avança com a notícia, o contributo destas fontes de energia nos edifícios continua a crescer, com um claro destaque do seu aproveitamento para eletricidade.

De acordo com o comunicado lançado pela REN21, os 15 países do G20 falharam, ou mal atingiram, as suas metas de energia renovável. Não é novidade que o sector dos edifícios contribui “significativamente” para a emissão de CO2, já que os edifícios são responsáveis por cerca de 33 % do uso final de energia.

Segundo o mesmo relatório a que a Edifícios e Energia teve acesso, embora as energias renováveis sejam a fonte de energia em mais rápido crescimento para os edifícios (crescimento de 4,1 % ao ano, em média, entre 2009 e 2019), a verdade é que as energias renováveis corresponderam apenas a 14,3 % do total da procura de energia em edifícios, em 2019.

Contudo, revela a REN, o setor da eletricidade tem vindo a fazer grandes progressos, e o aumento do consumo das energias renováveis é mais percetível neste sector e menos evidente a nível, por exemplo, do aquecimento.  

No entanto, esta transição é necessária para o cumprimento das metas ambientais estabelecidas, já que os combustíveis fósseis são não só responsáveis pelas alterações climáticas, como também contribuem para a perda da biodiversidade e para a poluição. Por isso, é importante garantir a eficiência energética dos edifícios, por forma a permitir quotas mais elevadas de energias renováveis, lê-se no documento. 

A verdade é que a pandemia veio impactar o uso de energia nos edifícios, já que, em 2020, o nível do consumo de energia alterou-se. Recorde-se que milhões de pessoas passaram a trabalhar remotamente, o que se traduziu numa mudança de paradigma a nível energético, particularmente a nível da eletricidade no parque edificado habitacional.  

Atualmente, e em cada vez mais regiões, incluindo partes da China, da UE, da Índia e dos Estados Unidos, é mais barato construir novas centrais eólicas ou solares fotovoltaicas do que operar as centrais existentes elétricas a carvão, note-se. Segundo o relatório da REN, este progresso poderia e deveria ser aplicado em todos os outros sectores.  

As informações disponibilizadas por este novo relatório mostram que estamos longe de uma mudança de paradigma neste âmbito, que seria essencial para um futuro energético limpo, mais saudável e mais equitativo, revela a revista. Prova disso é o facto da participação dos combustíveis fósseis no consumo de energia não ter diminuído pelo 10.º ano consecutivo.

O relatório conclui que os governos precisam de dar um impulso mais forte às energias renováveis em todos os sectores, refere a Edifícios e Energia. 

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