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Como escolher um sistema fotovoltaico para autoconsumo? A DECO diz-lhe

Para o estudo, a DECO PROTESTE analisou as propostas da EDP Comercial, Ei (Galp), Iberdrola e IKEA, para conhecer qual a melhor energia que será fornecida. Tome nota.

Como escolher um sistema fotovoltaico para autoconsumo? A DECO diz-lhe

Quando se fala em painéis solares para consumo próprio é preciso reunir alguns elementos e fazer contas, pois, se o prazo de retorno do investimento se aproximar dos dez anos, poderá não valer a pena. Em Portugal, o Governo irá disponibilizar mais 30 milhões de euros para tornar as casas mais eficientes, com recurso a janelas eficientes e painéis solares, note-se. E a segunda fase do programa de financiamento para melhorar o desempenho energético e ambiental dos edifícios é hoje lançada.

Com isso em mente, a DECO PROTESTE analisou as propostas da EDP Comercial, Ei (Galp), Iberdrola e IKEA, para conhecer qual a melhor energia que será fornecida. Ora veja.

Antes de começar, para saber quantos quilowatt-hora (kWh) consome, precisa das faturas de eletricidade que reuniu ao longo de mais de um ano. Após saber o consumo anual, há que verificar como este se distribui ao longo do dia, para conhecer a energia que terá de ser fornecida pelo sistema fotovoltaico. O mais simples é apontar a contagem quando sai de casa de manhã e, de novo, quando volta ao final do dia, durante cerca de duas semanas, sustenta a defesa do consumidor.

Por fim, é preciso ter uma ideia da quantidade e da potência dos eletrodomésticos utilizados em simultâneo, pois irão influenciar alguns dos requisitos do sistema a instalar, como a potência de saída do inversor. 

Estudo da DECO PROTESTE

Para usar-se a mesma situação em todos os simuladores, a DECO definiu um cenário de uma família, de duas pessoas, que vive numa moradia de um piso e quatro assoalhadas, na zona do Porto, renovada em 2005 e com um nível baixo de isolamento térmico.

O casal encontra-se em teletrabalho e por estarem em casa todo o dia, têm dois picos de consumo, à hora do almoço e à noite. Contrataram uma potência de 6,9 kVA e têm um consumo médio anual de 4850 kWh. O tarifário é o da SU Eletricidade e costumam pagar 88 euros por mês.

Para o estudo, a DECO consultou as propostas da EDP Comercial, Ei (Galp), Iberdrola e IKEA. Para determinar o consumo, os simuladores começam por pedir a morada ou a indicação da casa num mapa. De seguida, solicitam o valor da fatura mensal de eletricidade. 

Custo e poupança anual estimada

A estimativa de poupança anual difere entre 95 e 498 euros. Embora no caso da EDP Comercial as propostas contemplem dois painéis e na da Ei (Galp) e da IKEA três unidades, com impacto no rendimento de cada sistema, a poupança quase triplica ou mesmo quintuplica, faz notar a defesa do consumidor.

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© DECO PROTESTE  

A proposta da EDP Comercial apresentava um consumo anual (4750 kWh) próximo do definido para o cenário da DECO: 4850 kWh. A da Ei (Galp) também não estava longe (5000 kWh), mas a distribuição do consumo ao longo do dia era desajustada, por dar a entender que toda a eletricidade produzida seria consumida. Já a proposta da IKEA estima um consumo anual bastante superior ao real (5652 kWh) e uma produção dos painéis muito otimista.  

Os resultados das propostas mostram a importância de se fazer mais contas, sobretudo para encontrar o prazo real de retorno do investimento. Dez anos é o limite que a DECO considera aceitável. 

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