De acordo com Linan Liu, chefe de estratégia macro da Grande China do Deutsche Bank, as propriedades residenciais da China têm visto uma forte procura e há três fatores que a impulsionam: Ascensão da urbanização, política de três filhos e o mercado de trabalho, refere a CNBC. 

O investimento em propriedade tem sido “bastante forte”, enquanto o investimento em manufatura e infraestrutura tem ficado abaixo das expectativas, afirmou Liu, durante o programa "Street Signs Asia" da CNBC. Já no setor doméstico, "ainda há uma procura bastante robusta por propriedades, seja para reforma ou para residência principal", sustentou.

Note que dados divulgados esta quinta-feira pelo National Bureau of Statistics mostraram que os preços das novas casas em maio aumentaram 4,9% quando comparados com os observados no ano anterior e com os vistos em abril (4,8%).

Já por referência ao preço médio das residências novas, em 70 cidades também foi visto uma subida 0,6% em relação a abril, sendo o mesmo crescimento verificado em abril face a março.

Ascensão da urbanização

Um fator que impulsiona a procura é o ritmo crescente de urbanização, referiu Linan Liu. "No final de 2020, a taxa de urbanização da China era de cerca de 64%", acrescenta.

Assim, prevê-se que “a proporção aumente nos próximos cinco anos para 70% ou 75%." Nesse sentido, para Linan Liu, “o movimento de urbanização continuará a apoiar a procura do setor imobiliário.”

Política de três filhos

Outro fator é a nova política de três filhos da China. Recorde-se que o governo central disse no mês passado que os casais agora poderão ter até três filhos, em vez do limite anterior de dois filhos.

“Isto talvez aumente a procura por imóveis maiores, para upgrade e assim por diante. Poderá continuar a dar suporte à procura, especialmente nas grandes cidades”, nota Liu.

O mercado de trabalho

Também um mercado de trabalho em melhoria pode ser motivo para estimular a procura por imóveis, de acordo com Liu. Saliente-se que a taxa geral de desemprego nas cidades da China caiu para 5% em maio, sendo a mais baixa desde maio de 2019, informou a Reuters.

Mas, “com a melhoria das condições do mercado de trabalho, melhor crescimento da renda, os consumidores ou famílias estão à procura de (uma) atualização ou compra de residências primárias”, finalizou Liu.

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