Perto de metade da oferta de novos empreendimentos residenciais para venda (47%) localiza-se no centro histórico da cidade Invicta, “o que vinca o potencial que o centro do Porto tem na captação de investimento imobiliário, sobretudo, ao nível da reabilitação” entre 2018 e 2021, diz o mais recente estudo da Predibisa, "Viver à moda do Porto". Cerca de 53% da oferta para venda refere-se a casas de tipologias unifamiliares T0 e T1.

Por outro lado, os imóveis usados são os mais transacionados, representando 79% das 7.594 casas vendidas entre 2019 e 2020, tal como mostram os dados apresentados por João Lima, Research & Consulting na Predibisa, ao considerar uma amostra de 343 empreendimentos e 5.046 casas deste concelho.

Estas conclusões surgem de um estudo sobre o mercado residencial do concelho do Porto e sobre as tendências do setor, realizado pela Câmara Municipal, em colaboração com a Predibisa Consultoria. Para esta análise foram considerados empreendimentos de nova construção ou reabilitação desde o ano de 2018 até 2021, e subdividiu-se o concelho do Porto em cinco zonas, que identificam diferentes áreas residenciais da cidade.

Tal como no mercado de compra e venda, é nas freguesias do centro histórico (Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória) que se concentra a “maior oferta de produto para arrendar”, representando um total de 38% da registada entre 2019 e 2020, revela o mesmo estudo.

As casas para arrendar são também de “pequena dimensão” como os T0 e T1, que representam 46% da amostra. Sendo que a maior parte dos contratos de arrendamento envolveu igualmente imóveis usados, contabilizando-se 90% dos casos. Ainda assim, observou-se um aumento da comercialização de casas novas ano após ano, tanto para arrendar como para comprar.

Já por referência ao preço médio das casas no concelho do Porto, verificou-se que este fixou-se nos 3.755 euros por m2, enquanto o tempo médio de absorção do mercado se situou nos 260 dias, o equivalente a 8 meses e meio. Olhando para o mercado de arrendamento, o valor de referência médio no município foi de 11,1 euros por m2 e o tempo médio de absorção de 90 dias (três meses).

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