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OCDE. Endividamento do empréstimo à habitação é maior em Portugal

Quando comparados os rendimentos dos países inseridos na OCDE, pode-se concluir que as famílias portuguesas são as que sentem mais o peso do empréstimo à habitação.

OCDE. Endividamento do empréstimo à habitação é maior em Portugal
Notícias ao Minuto

09:10 - 15/06/21 por Notícias ao Minuto 

Casa OCDE

O endividamento do empréstimo à habitação é maior em Portugal, de acordo com dados divulgados esta segunda-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE). Quando comparados os rendimentos dos países inseridos na OCDE, pode-se concluir que as famílias portuguesas são as que sentem mais o peso do empréstimo à habitação, sendo que a fragilidade é mais vista nos agregados com rendimentos baixos.

Tal como mostra a tabela do relatório Brick by Brick: Building Better Housing Policies, a dívida está acima dos 100% na maioria dos países da OCDE e Portugal, Espanha e Holanda ultrapassam mesmo os 200%.

Notícias ao Minuto [Dívida hipotecária das famílias dos países da OCDE]© OCDE  

Os dados mostram ainda que Portugal é também um dos países da organização em que o empréstimo à casa mais peso tem no conjunto dos créditos das famílias, superando os 84%. É o quarto, atrás da Estónia, Japão e Países Baixos.

Notícias ao Minuto [Participação da dívida hipotecária total na dívida das famílias dos países da OCDE]© OCDE  

Muitas famílias de baixos rendimentos gastam mais de 40% do seu rendimento em habitação e são mais propensas a viver em habitações de menor qualidade.

"Os preços das casas aumentaram mais rapidamente do que os rendimentos na maioria dos países da OCDE nas últimas décadas, e os custos da habitação são, em média, a maior e mais rápida despesa das famílias", lê-se no relatório da entidade agora chefiada pelo australiano Mathias Cormann. Por conseguinte, existem vários agregados de rendimentos baixos que gastam mais de 40% do seu rendimento para pagar as mensalidades do crédito à habitação, tal como o México, a Nova Zelândia e Itália, e têm mais probabilidades em viver em condições menos boas.

Assim, são as famílias de rendimentos mais baixos as que fazem maior esforço para pagarem a casa. "Enquanto as famílias em toda a distribuição de rendimento enfrentam o aumento dos custos de habitação, os mais pobres normalmente gastam uma parte maior do seu rendimento na habitação." Sendo que um terço dos agregados nacionais está nesta circunstância, ligeiramente abaixo da média dos países membros, mas longe de casos como a Nova Zelândia ou Israel em que mais de metade dos rendimentos são sugados pela renda da casa. 

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