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OCDE: Políticas de arrendamento podem reduzir investimentos na construção

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico está a pedir que se invista mais em casas de habitação social e que sejam tomadas novas práticas na regulamentação de terrenos e de impostos de forma a alcançar políticas habitacionais mais eficazes.

OCDE: Políticas de arrendamento podem reduzir investimentos na construção

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) deixa o alerta: As políticas de arrendamento "têm impacto no funcionamento dos mercados imobiliários, pois poderão desestimular investimentos em construção." Por isso, pede que se invista mais em casas de habitação social e que sejam tomadas novas práticas na regulamentação de terrenos e de impostos de forma a alcançar políticas habitacionais mais eficazes.

O objetivo é diagnosticar a origem dos danos no setor residencial e promover políticas voltadas para a sua reparação. Assim, a organização económica intergovernamental que reúne 38 das economias mais avançadas do planeta preparou, durante esta semana, conferências, centradas na habitação, de modo a construir melhores políticas de arrendamento.

Em causa, estão a subida dos preços de compra e de arrendamento de casas, a escassez de terrenos para construir imóveis, os impostos que dificultam a compra de habitação, o corte dos custos pelos governos, a baixa mobilidade da mão de obra, a pobreza energética, entre outros aspetos vistos nos país inseridos na OCDE, que influenciam (e muito) o acesso à habitação. 

De acordo com dados do estudo Brick by brick publicado esta segunda-feira, a que o El País teve acesso, entre 2005 e 2015, os gastos causados para a habitação “atingiu 31% do orçamento nas famílias de rendimento médio”. Isto permitiu que a OCDE chegasse à conclusão que "o setor residencial exige cada vez mais os recursos disponíveis para as famílias." Sendo este um desafio “crescente em muitos países”, sustenta.

"O investimento público em desenvolvimento habitacional caiu de 0,17% do PIB em 2001 para 0,06% do PIB em 2018, em média, para os países da OCDE", lê-se no mesmo relatório. Como solução, a OCDE pede aos países “maiores investimentos em casas de caráter social.”

Ao fazer este esforço económico, poderia "ter o duplo benefício de proteger as famílias vulneráveis ​​ou de rendimentos baixos enquanto a oferta de habitação expande-se e, como resultado, poderia aliviar a pressão crescente sobre os preços". Além disso, pode ser usado para tornar novos edifícios mais ambientalmente sustentáveis ​​e "evitar a segregação social e económica", finaliza a OCDE.

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