Os investimentos previstos para a área da habitação foram apresentados ao início desta tarde pelo presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, que aproveitou para fazer um balanço daquilo que tem sido feito nos últimos anos.

Este programa, que se insere na 3.ª geração de políticas de habitação do município, vai beneficiar "uma população diferenciada, mas que tem a carência habitacional como denominador comum".

"A erradicação das barracas, que era realmente uma chaga visível no território, não resolveu as necessidades de toda a gente. Por vezes, por detrás de um prédio muito bonito pode estar um anexo ou uma garagem onde viva uma família em condições degradantes", afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais (Independente).

O autarca justificou as carências habitacionais com a valorização do preço das casas e a crise económica.

Para dar resposta a estas carências, o município preparou um plano de habitação, num horizonte temporal de 10 anos, que contempla seis programas diferenciados, nomeadamente o "Oeiras Social", "Oeiras Jovem", "Oeiras Sénior", "Oeiras Protege", "Oeiras Arrenda" e o "Oeiras para Todos".

O programa "Oeiras Social" prevê a requalificação dos bairros municipais e a construção de 403 novos fogos, num investimento de 75 milhões de euros.

Já o programa "Oeiras Jovem" destina-se a criar habitações a custos controlados, tendo como foco a "dinamização dos centros históricos.

Este programa prevê a construção de 133 fogos, dispersos por cinco freguesias do concelho, e um investimento de cerca de 10,3 milhões de euros.

Por sua vez, o "Oeiras Sénior" pretende dar resposta à população mais idosa que se encontra "isolada e vulnerável", prevendo-se a construção de mais duas unidades residenciais seniores, num investimento de 25 milhões de euros.

O "Oeiras Protege" destina-se à promoção de alojamentos temporários para situações de urgência, nomeadamente com pessoas sem-abrigo e vítimas de violência doméstica, mas também para dar resposta a profissionais deslocados das suas habitações.

Este programa prevê 60 fogos e um investimento de oito milhões de euros.

Já o programa "Oeiras Arrenda" prevê a criação de uma bolsa de arrendamento acessível destinado à classe média, contemplando a disponibilização de 1.200 fogos para este fim.

Também para a classe média destina-se o programa "Oeiras para Todos", que prevê a construção de 107 fogos, num investimento de 13 milhões de euros.

No total, o plano municipal de habitação do concelho de Oeiras prevê a disponibilização de perto de 2.000 fogos, num investimento de cerca de 131 milhões de euros.

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