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Há mais interessados em comprar terreno urbano para construir casa

Interesse por comprar terrenos urbanos e rústicos deu um salto em quase todos os distritos de Portugal continental, durante a pandemia, revela estudo mais recente do Idealista.

Estudo do Idealista

De acordo com os dados do mais recente estudo do Idealista, comprar um terreno urbano para construir casa, de forma tradicional ou optando por casas pré-fabricadas, ganhou expressividade, durante a pandemia. Em nota enviada ao Notícias ao Minuto, o Idealista revela que a pandemia da Covid-19 tem vindo a influenciar a postura de muitas famílias em termos de habitação e investimentos imobiliários.

Nesse sentido, este estudo mostra que a procura por terrenos disparou: tanto por espaços urbanos, isto é, suscetíveis de “urbanização ou de edificação”, como por solos rústicos, onde é possível cultivar alimentos, por exemplo.

Os dados referem-se aos 18 distritos de Portugal continental, sublinha o Idealista, e mostram variações existentes entre a procura, os preços unitários e stock existente nestes tipos de solos entre março de 2020 e março de 2021.

Durante a pandemia, a procura por terrenos urbanos aumentou na maioria dos distritos portugueses, em 16 dos 18, e houve 11, em concreto, onde mais do que duplicou.

Bragança regista um aumento na procura na ordem dos 600%

A par da procura, o preço unitário também subiu neste período, mas menos, 22%, alcançando em março deste ano os 89,4 euros por m2.

O distrito de Braga foi o segundo que deu o maior dos saltos na procura por terrenos urbanos, disparando 219% durante a pandemia. Segue-se Setúbal a registar um aumento de 168%, Leiria (+150%), Santarém (+142%), Beja (+135%), Faro (+135%), Porto (+132%), Lisboa (+129%), Portalegre (+113%) e Aveiro (+110%).

Por outro lado, as famílias reduziram a procura de terrenos urbanos ao longo do último ano na Guarda (-52%) e em Castelo Branco (-3%), distritos onde o stock pouco aumentou (6-7%) e os preços unitários pouco ou nada diminuíram, revela o mesmo estudo.

No caso dos terrenos urbanos, verifica-se que o stock foi acompanhando o aumento da procura, já que apresentou um comportamento geral estável durante a pandemia, com exceção em Vila Real (+54%).

Registam-se ainda quatro distritos onde o salto da procura poderá ter levado a ligeiras descidas no volume de solo urbano disponível neste período: Leiria (-8%), Beja (-6%), Santarém (-4%) e Setúbal (-1%).

Por o seu lado, os preços unitários dos terrenos aumentaram em exatamente metade dos distritos analisados, com destaque para Évora (+39%), Vila Real (+39%), Bragança (+22%) e Coimbra (+21%), onde se registaram as maiores evoluções entre março de 2020 e março de 2021.

O mesmo estudo salienta ainda que em oito distritos de Portugal continental, o valor destes terrenos desceu sendo a queda mais acentuada registada em Portalegre (-24%), seguida de Beja (-12%) e Viseu (-9%). Nestes três, a descida de preços pode ter levado a um aumento da procura no último ano.

Procura por terrenos rústicos subiu em todos os distritos de Portugal continental, sem exceção

E em exatamente metade dos distritos verificou-se que a procura mais do que duplicou durante a pandemia, apresentando variações acima dos 100%. São eles Faro (+250%), Setúbal (+186%), Vila Real (+171%), Castelo Branco (+165%), Bragança (+161%), Aveiro (+152%), Beja (+131%), Viana do Castelo (+124%) e Coimbra (+106%). A menos expressiva foi registada em Portalegre, onde só evoluiu 19%.

A par da procura, os preços unitários dos terrenos rústicos também subiram na maioria dos distritos em análise, em concreto em 13 distritos dos 18.

A subida mais expressiva foi mesmo em Portalegre (de 51%), onde o valor dos terrenos rústicos cresceu de 2,5 euros/m2 para 3,7 euros/m2. Lisboa registou a segunda maior subida neste período, de 49%, com os preços a atingir os 10 euros/m2 em março deste ano. Vila Real ocupa o terceiro lugar com uma variação de 37%, fixando o preço dos solos rústicos em 6 euros/m2.

Neste panorama, houve apenas quatro distritos onde os valores dos terrenos deste tipo colocados no mercado em março de 2021 é menor do que no período homólogo: Guarda (-12%), Braga (-11%), no Porto (-10%) e Aveiro (-6%).

Dados do Idealista também mostram que, pelo contrário, os preços unitários destes terrenos em março de 2021 são, na sua maioria, inferiores aos registados antes da pandemia (isto é, em março de 2019). 

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