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O que deve saber antes de investir em painéis solares para autoconsumo

Não invista em sistemas fotovoltaicos sem antes perceber o seu consumo. Pode estar a deitar dinheiro fora, em vez de poupar, alerta a DECO Proteste.

O que deve saber antes de investir em painéis solares para autoconsumo

Diminuir a pegada ambiental e, ao mesmo tempo, aliviar a sua carteira são os objetivos da maioria dos consumidores que decidem investir num sistema fotovoltaico de autoconsumo, avança a DECO Proteste, de acordo com os resultados do seu estudo referente a sistemas fotovoltaicos para autoconsumo.

Para garantir o menor investimento e a maior rentabilidade, deve conhecer o seu perfil de consumo e adequar o sistema em conformidade, pelo que a DECO recomenda o contacto com empresas especializadas na instalação.

Se já decidiu tirar partido do sol e investir num sistema fotovoltaico para autoconsumo, deve ter em conta de manter a rede elétrica como backup. Isto implica que irá ter sempre uma fatura de eletricidade mensal, embora mais reduzida. Ora veja.

Se o objetivo for diminuir substancialmente a pegada ambiental e obter a maior independência possível da rede, a solução pode passar por investir num conjunto de painéis e inversor com armazenamento.

Mas, por outro lado, se procurar apenas uma redução ligeira do impacto ambiental, deve apenas considerar uma solução de autoconsumo puro (sem armazenamento). 

Nesse sentido, a DECO simulou o cenário de uma família de duas pessoas com uma moradia de um piso e quatro assoalhadas. O casal encontra-se em teletrabalho, e todos os equipamentos que possuem são elétricos. Por estarem em casa todo o dia, têm dois picos de consumo, à hora do almoço e à noite. 

A simulação com soluções fotovoltaicas com e sem bateria demonstra que não é por comprar a opção mais cara e com maior capacidade de produção que vai aumentar as poupanças. O sistema para autoconsumo pode produzir muito durante as horas de sol, mas, saliente-se que, se ninguém consumir, está a desperdiçar. 

Resultados

Foram simulados 12 conjuntos de sistemas fotovoltaicos para este cenário, com e sem baterias, em combinações de dois a 12 painéis com diferentes inversores e baterias. Em nenhum foi considerada a venda de excedente à rede, sublinhe-se. 

Para uma opção de autoconsumo puro, a recomendação da DECO recai sobre o sistema de menor dimensão, com quatro painéis, dois microinversores e 1200 watts. Apesar de ter um desperdício um pouco maior, quando comparado com uma opção menos potente, acaba por permitir poupanças anuais mais vantajosas.

A DECO recomenda a opção com 4 painéis e 2 inversores.

Como parte do consumo desta família ocorre de noite, é normal que, caso decida investir em sistemas com mais produção, existam desperdícios significativos de energia.

De modo a atenuar esse desperdício, a DECO também avaliou a possibilidade de optar por uma solução com baterias. Esta solução permite carregar as baterias durante o dia e, mais tarde, usá-la, explica a defesa do consumidor. Com isto, o potencial de redução de emissões de CO2 é muito superior, assim como as poupanças anuais associadas à fatura da eletricidade.

"Recomendamos a opção com 8 painéis, neste caso", afirma a DECO. 

O mesmo dos sistemas de autoconsumo puro, mas inflacionado, o preço do equipamento e da instalação. O investimento inicial é muito significativo, e o mesmo se aplica ao prazo de retorno do investimento. Neste caso, o preço indicativo do sistema é de 5795 euros, e o retorno do investimento acontecerá após os dez anos

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