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Prevê-se a entrada de 123 mil m2 de escritórios novos, em 2021

Desta área, cerca de 41 mil 700 m2 têm contratos de pré-arrendamento já assinados, revela a B.Prime, na sua nova edição referente ao balanço do mercado imobiliário comercial e perspetivas para o ano corrente.

Prevê-se a entrada de 123 mil m2 de escritórios novos, em 2021

Em 2021, prevê-se a entrada de 123.976 m2 de escritórios novos. Desta área, 41.700 m2 têm contratos de pré-arrendamento já assinados. Esta informação consta na nova edição do Prime Watch, lançada esta quarta-feira, pela B.Prime, onde apresenta balanço do mercado imobiliário comercial e perspetivas para 2021.

Neste relatório, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, pode-se ler que boa parte dos imóveis com conclusão prevista para 2021, com exceção daqueles com contratos de pré arrendamento já estabelecidos, poderão estar apenas concluídos em 2022.

Este possível adiamento premeditado pelos proprietários revela uma tendência em tentar coincidir a apresentação dos edifícios ao mercado com o período de recuperação económica que inevitavelmente se seguirá ao período de desconfinamento e ao regresso a uma tão ansiada normalidade da atividade económica, explica mesmo estudo de mercado.

A zona do Marquês de Pombal continua a caracterizar-se por ser a mais cara de Lisboa

Relativamente ao mercado de escritórios da cidade de Lisboa, a zona do Marquês de Pombal continua a caracterizar-se por ser a mais cara de Lisboa e de maior prestígio, continuando a ser aquela que, à semelhança dos anos anteriores, sinaliza a atual renda prime do mercado com 25€ e onde se registam as rendas médias mais elevadas. Esta é a zona com maior rigidez estrutural de preços e onde os proprietários serão mais avessos a grandes descontos contratuais.

Nas Amoreiras e no Campo Pequeno continua-se a apresentar o maior stock da cidade com cerca de 918.283 m2. Detém inúmeros imóveis por reabilitar, não se prevendo que esta situação se modifique a curto ou médio prazo, continuando a verificar-se a tendência em anos anteriores de reconversão de edifícios de escritórios para habitação, pelo menos, aqueles mais antigos e com maiores dificuldades em serem atrativos para o uso de serviços.

Já nas zonas da Praça de Espanha e de Sete Rios registou-se apenas uma absorção de 7.117 m2 em 2020. Para além de um decréscimo da procura em valores absolutos, este valor assinala em mais uma zona da cidade uma exaustão da oferta com apenas 34.000 m2 de escritórios disponíveis e nem todos, com a qualidade suficiente para serem usados.

Note que o ano de 2021 poderá assim confirmar a tendência de falta de oferta de escritórios nesta geografia, fenómeno que estará apenas dependente do impacto de teletrabalho e das correções inevitáveis decorrentes de uma queda brusca da atividade económica, diz nova edição do Prime Watch.

Por outro lado, a zona de Santos distingue-se das restantes por ser, neste momento, uma das zonas mais ‘apetecíveis’, mas onde mais se sente a falta de produto adequado às necessidades das empresas. Com uma vacancy rate de 0.4%, esta zona continua apenas acessível a empresas capazes de planear e aceder a operações de pré arrendamento.

A zona do Parque das Nações apresenta uma das vacancy rate mais baixas da cidade de Lisboa. Mas será aquela onde a situação estará prestes a inverter-se com a chegada ao mercado de diversos projetos especulativos, que deverão elevar esta zona como um dos destinos de eleição para as empresas.

As zonas de Alfragide, Linda-a-velha, Miraflores, Carnaxide, Tagus Par e Lagoas Park, Quinta da Fonte continua a apresentar a vacancy rate mais elevada da Área Metropolitana de Lisboa, com 13,46%.

Ainda assim, este valor tem vindo a decrescer ao longo dos últimos anos, sustenta a B.Prime, fruto do uma crónica falta de espaço na cidade de Lisboa o que tem permitido alavancar toda uma série de operações de grandes dimensões que muito contribuíram para um aumento das rendas médias e prime nesta localização.

De referir ainda que esta é a zona mais sensível a variações bruscas da atividade económica e mais sujeita ao comportamento da oferta nas outras zonas da cidade, dadas as modificações do perfil da procura ocorridas desde 2011: empresas que privilegiam bons acessos e uma boa rede de transportes públicos.

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