A Estratégia Local de Habitação de Vila Real foi aprovada hoje, em reunião de câmara, e resulta do programa 1.º Direito criado pelo Governo.

O presidente da câmara, Rui Santos, referiu que, em Vila Real, o programa vai abranger 143 famílias e um investimento de 10 milhões de euros, a concretizar nos próximos três anos, na "recuperação de habitação, construções novas e na ajuda a agregados que queiram reabilitar a própria casa e tenham condições de carência económica e habitacional".

Depois do parecer do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) será formalizada a parceria com o Governo. Parte do investimento é comparticipado a fundo perdido pelo IHRU e ainda a empréstimo bonificado.

"É um investimento que vem dar resposta a uma carência que fomos sentindo ao longo dos anos (...). A concretização desta estratégia de habitação é realista, exequível, é concreta, está calendarizada e vai resolver objetivamente uma carência de mais de 140 famílias no concelho de Vila Real", salientou Rui Santos.

No concelho, há 600 fogos de habitação social e são ainda apoiadas 120 famílias no âmbito do programa de apoio ao arrendamento.

Ao abrigo do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), o executivo de Vila Real aprovou também hoje uma redução do preço do passe nos transportes urbanos de 28,20 euros para os 22 euros, bem como a isenção do pagamento para os alunos abrangidos pelo transporte escolar.

Rui Santos falava à comunicação social à margem da abertura do novo parque de estacionamento gratuito na rua Doutor Manuel Cardona, uma "zona de muita pressão" de trânsito devido ao centro de saúde n.º 1, ao comando distrital da GNR, à escola Diogo Cão e ao Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).

O autarca referiu que ali foram aplicados 60 mil euros e criados cerca de 60 lugares de estacionamento, "mais do que aqueles que foram suprimidos no centro da cidade em resultado das obras de reabilitação urbana" em curso.

O novo parque de estacionamento está a "três minutos a pé" da rua Direita, e, segundo Rui Santos, "vai ajudar a tirar trânsito e pressão do centro da cidade".

Os terrenos em causa passaram para o município no âmbito da delegação de competências do Ministério da Educação, que inclui ainda uma residência de estudantes, contígua ao parque de estacionamento.

Ali, de acordo com Rui Santos, foram realizadas obras de melhoria do edifício, aproveitando-se o período de confinamento, para "acolher melhor" os estudantes de outros concelhos que procuram Vila Real pelas respostas educativas não disponíveis nas respetivas áreas de residência.

Com capacidade para 54 estudantes, a residência tem, atualmente, 32 com idades compreendidas entre os 10 e os 21 anos e que são provenientes de municípios como Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Vila Pouca de Aguiar e Peso da Régua.

As obras de requalificação custaram 100 mil euros e foi criado, pela primeira vez, um quadro de pessoal afeto à residência com seis funcionários.

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