O líder da EDP, António Mexia, garantiu que tirar a EDP Renováveis de bolsa não faz parte dos planos e que uma das principais das preocupações é evitar que a saída de bolsa da EDP Renováveis fosse interpretada como um sinal de desalavancagem da empresa.
"Não vamos tirar a Renováveis de bolsa. Essa é a questão essencial. Neste momento, não é uma prioridade para nós... mesmo que economicamente até fizesse sentido, porque ela está subvalorizada. Mas há tanta coisa subvalorizada no mundo! “, disse o CEO da energética em entrevista ao Negócios.
“O nosso principal compromisso tem a ver com a consolidação financeira do grupo", acrescentou António Mexia.
Esta hipótese foi estudada pela EDP e o mercado deu mesmo esta hipótese como garantida, prevendo que acontecesse ainda este ano.
Quanto ao preço das acções da EDP Renováveis, foi colada a oito euros e actualmente vale metade, António Mexia refere que “quando se fala dos 8 euros tem de se ir ver a que preço é que estavam as acções do sector financeiro, da construção, de telecomunicações, nessa altura. Falar dos 8 euros é apenas olhar para a evolução das acções desde o momento em que aconteceu o IPO [oferta pública de inicial] ”.
Questionado sobre se a empresa estava sobreavaliada quando foi lançada em bolsa, o responsável responde que não. “A avaliação não era pessoal. Foi uma avaliação feita pelo mercado, com equipas profissionais dos maiores bancos do mundo. A avaliação tinha em conta as perspectivas dos maiores profissionais do mundo. Entre 2008 e 2012 o mundo mudou muito. Mudou para as renováveis, mas mudou para toda a gente”, disse durante a mesma entrevista ao jornal económico.
Recorde-se que a EDP Renováveis registou lucros recordes de 134 milhões de euros em 2012, mais 32% face ao período homólogo, e pagará este ano, pela primeira vez, dividendos aos seus accionistas.