Com o outono e o inverno, veem más notícias para quem usa carro: a eficiência energética é menor se as temperaturas ambiente forem mais baixas e, consequentemente, a autonomia desce e os consumos sobem. E isto é comum a todos os tipos de motorizações.
Segundo a Fuel Economy, sob a alçada do Departamento de Energia dos Estados Unidos da América, todos os automóveis são menos eficientes no inverno, sejam elétricos, híbridos ou de combustão.
Há testes que apontam que um carro a gasolina, em cidade, pode ver a economia de combustível reduzida com temperaturas ambiente de -6ºC em comparação com 25ºC. Em viagens curtas, pode descer entre 15 a 33 por cento, ao passo que as perdas em trânsito citadino são de 10 a 20 por cento.
Efeitos maiores nos híbridos e nos elétricos
Quanto aos automóveis híbridos, o efeito da redução da eficiência de combustível com o tempo frio é maior, podendo atingir 20 a 40 por cento nas cidades e 25 a 45 por cento em viagens curtas por cento com -6ºC.
Já no caso dos elétricos, a economia pode ser 39 por cento em circulação mista (cidade e autoestrada), com uma redução de 41 por cento da autonomia. Há, igualmente, mais energia gasta com o aquecimento do habitáculo (se não for usado, a economia de combustível baixa cerca de oito por cento com -6ºC por comparação com temperaturas ambiente de 24ºC).
As causas
As temperaturas têm impacto no funcionamento dos automóveis a vários níveis. Desde logo, o ar frio é mais denso, o que causa um arrasto aerodinâmico maior e obriga a um maior esforço. A pressão dos pneus também é menor e isso origina uma maior resistência ao rolamento.
Já no caso dos elétricos, segundo a Auto Express o processo químico nas baterias de iões de lítio é mais lento, o que cria condicionamentos ao desempenho da bateria e consequente perda considerável de autonomia.
Os conjuntos estão otimizados para funcionarem a temperaturas moderadas. Para além disso, a travagem regenerativa é, também, negativamente afetada. A Consumer Reports fez um teste de inverno a temperaturas de -8ºC que revelaram uma quebra de 25 por cento da autonomia a uma velocidade de cerca de 112 km/h - ao comparar com a condução idêntica com mais de 15ºC.
Em estradas cobertas de neve ou gelo, a aderência dos pneus é menor, o que leva a um desperdício maior de energia.
Nos motores de combustão, a fricção do motor e da transmissão aumenta, já que os fluídos estão mais frios, e demora mais tempo a atingir uma temperatura ideal de funcionamento - o que tem um impacto em viagens curtas.
O conforto do habitáculo também tem impacto na economia de combustível: os ocupantes tendem a usar mais os sistemas de climatização, incluindo ar condicionado, bancos ou volante aquecido.
O que fazer para melhorar a eficiência?
Há algumas medidas que pode adotar para maximizar a eficiência energética do seu automóvel em tempo frio - como tentar estacionar em locais mais amenos ou evitar deslocações curtas constantes.
Tal como durante todo o ano, deve verificar regularmente o estado dos pneus, sendo que a pressão é essencial de considerar também no contexto da eficiência. Deve ter moderação no uso dos sistemas de climatização, cingindo o seu uso ao necessário. O tipo de óleo do motor deve ser o recomendado para tempo frio.
No caso dos automóveis elétricos e híbridos plug-in, pode pré-aquecer o habitáculo durante o carregamento - e assim não consome essa energia em circulação. Já o uso dos bancos aquecidos em vez da climatização do habitáculo pode representar poupanças.
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