O crescimento dos construtores automóveis chineses no mercado da Europa põe em risco os fabricantes do 'Velho Continente'. E, nos próximos anos, a situação pode vir a agravar-se.
Segundo a Bloomberg, Fabian Piontek, da consultora AlixPartners, afirmou que nos próximos anos os fabricantes automóveis europeus arriscam "perder entre um a dois milhões de veículos para marcas chinesas" - prevendo que estas cheguem a uma quota de mercado de cinco por cento na Europa já este ano.
E o crescimento dos construtores da China poderá significar o fecho de fábricas: a estimativa é que, se os chineses conseguirem vender cerca de dois milhões de carros por ano até 2030, então a Europa ficará com cerca de oito fábricas em excesso. Nesse ano, a quota de mercado poderá ser de dez por cento.
No entanto, o fecho de fábricas não é fácil em vários países: o processo pode levar alguns anos e há organismos que podem bloquear certas decisões. Para além disso, segundo a AlixPartners, o fecho de uma unidade fabril com cerca de 10 mil funcionários pode representar uma despesa a rondar 1,5 mil milhões de euros.
Entretanto, em setembro a União Europeia anunciou um esforço para apoiar a indústria automóvel, que é uma peça vital na economia comunitária. Um dos objetivos é o fabrico de automóveis elétricos pequenos e acessíveis europeus, para enfrentar a concorrência existente. Também criou, no ano passado, tarifas pesadas para automóveis elétricos provenientes da China.
Leia Também: Europa propõe carros pequenos baratos para enfrentar concorrência chinesa