As tecnologias de condução autónoma estão a generalizar-se. Na Europa, poucos são os países que permitem o uso de sistemas que dispensem o condutor do volante, mas a China trabalha nestas tecnologias e vê a Europa como essencial na sua estratégia de crescimento global.
Só este ano, segundo a Canalys, serão vendidos no país asiático quase 15 milhões de carros com tecnologia de condução autónoma Nível 2, tendo sido aprovados recentemente os testes em estrada para o Nível 3.
Segundo a Reuters, é o caso da Momenta, empresa líder de tecnologias de condução autónoma oriunda da China. Recentemente, anunciou uma parceria com a Uber para um projeto de testes de condução autónoma Nível 4 na Alemanha já em 2026, para além de trabalhar com a Mercedes-Benz. A Europa é um foco desta firma.
A QCraft, equipa autocarros chineses com tecnologia de condução autónoma Nível 4 presentes em mais de duas dezenas de cidades. Trabalha com fabricantes automóveis chineses e europeus, mas a chegada das suas tecnologias ao 'Velho Continente' só deverá acontecer em 2027.
A empresa terá uma nova sede na Alemanha e o seu diretor de tecnologia, Dong Li, falou de um mercado mais aberto do que aquele que é encontrado nos Estados Unidos da América. E, citado pela agência Reuters, sublinhou: "Estamos a focar-nos na Europa para o nosso futuro global".
Naquele país, foi criada legislação impeditiva das tecnologias chinesas durante o mandato de Joe Biden. Existem preocupações fortes de segurança devido aos dados recolhidos pelos sistemas, sendo a Europa mais 'relaxada' do ponto de vista da regulação.
No entanto, em termos de regulamentos de trânsito, neste momento a maioria dos países europeus só permitem, no máximo, o uso de sistemas de Nível 2, com os condutores sempre no controlo. A Alemanha é uma das poucas exceções. De resto, a Comissão Europeia quer consolidar as regras para que seja possível testar e usar sistemas mais avançados tecnologicamente.
Já a Deeproute.ai pretende abrir um centro de dados na Europa e o seu diretor-executivo, Maxwell Zhou, salientou: "A Europa é um mercado enorme. É muito importante para nós"
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