Na próxima semana, a 9 de outubro, os líderes de alguns dos fabricantes automóveis da Alemanha vão reunir-se com o chanceler do país, Friedrich Merz.
A informação é veiculada pela agência Reuters, que cita uma fonte com conhecimento direto do assunto que não quis ser identificada. A BMW, a Mercedes-Benz e a Volkswagen vão estar representadas neste encontro com o chefe de Estado.
A indústria automóvel alemã é uma das mais fortes e importantes ao nível global, mas também enfrenta os desafios e incertezas como a quebra de vendas e as tarifas americanas - na semana passada, os Estados Unidos da América anunciaram novas tarifas sobre camiões pesados.
A concorrência global, em particular vinda dos construtores chineses com propostas de mais baixo custo, e a transição energética, também fazem parte da lista de desafios atuais.
Neste particular, o diretor-executivo da BMW AG, Oliver Zipse, disse recentemente ao Politico que as metas de vender apenas carros elétricos na União Europeia até 2035 é "um grande erro". Também o seu homólogo da Mercedes, Ola Källenius, alertou para a abordagem em cima da mesa, dizendo ao Handelsblatt que o setor pode "ir contra a parede a alta velocidade".
O que dizem os dados sobre o mercado?
No mês de agosto, até houve um aumento das vendas de automóveis na Alemanha (cinco por cento), União Europeia (5,3 por cento) e no conjunto UE/EFTA/Reino Unido (4,7 por cento).
No entanto, dados da Associação de Construtores Automóveis Europeus (ACEA) mostram um recuo de 1,7 por cento na Alemanha e de 0,1 por cento na UE, apesar de os novos registos de automóveis ter subido 0,4 por cento ao contar, também, com o espaço EFTA e o Reino Unido.
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