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Estoril Classics traz 'lendas' a Portugal: "Podem tocar nos carros, ver…"

O Auto ao Minuto entrevistou Duarte Nobre Guedes, mentor do Estoril Classics. O responsável fala sobre a nona edição do evento, que de 3 a 5 de outubro leva ao Estoril centenas de carros clássicos (incluindo Fórmula 1).

Estoril Classics traz 'lendas' a Portugal: "Podem tocar nos carros, ver…"

© Divulgação Estoril Classics

Bernardo Matias
29/09/2025 11:47 ‧ há 6 dias por Bernardo Matias

Os motores de outras eras voltam a 'rugir' no Circuito do Estoril já no próximo fim de semana (3 a 5 de outubro). O Estoril Classics leva centenas de máquinas de outros tempos ao traçado dos arredores de Lisboa, com a Fórmula 1 em grande destaque.

 

Para além da habitual competição de F1 clássicos, o evento associa-se à comemoração dos 75 anos da modalidade, com uma exposição única.

Presentes vão estar modelos icónicos como o Porsche 917 ou o Ferrari 312 PB, assim como diversos monolugares lendários da Fórmula 1 incluindo o Lotus 78 com as lendárias cor preta e dourada, o Williams FW07B ou o McLaren MP4 - primeiro com fibra de carbono e que Niki Lauda levou ao último título.

Mais atuais entre os 38 bólides da classe rainha que vão estar no Estoril encontram-se o Benetton B191 de Michael Schumacher, os Jordan EJ15 e Spyker M16 de Tiago Monteiro ou até o Lotus 16 de 1958 de Graham Hill.

Auto ao Minuto entrevistou o mentor do evento, Duarte Nobre Guedes, numa conversa que abordou o espírito destas competições e os detalhes sobre o Estoril Classics - incluindo, claro está, a exibição dos Fórmula 1.

É a nona edição do Estoril Classics, oito anos desde a criação - que foi em 2017. Como é que vê a evolução do evento ao longo desta década, que pelo meio até já teve desafios como, por exemplo, uma pandemia?

Foi uma altura muito difícil, mas que, graças a Deus, nós conseguimos ultrapassar. Nós começámos com… inicialmente, até era um perfil mais de nível nacional, foi-se internacionalizando. Depois, passámos também por várias modalidades, por ralis.. Depois, houve também um ano em que foi uma exposição de carros clássicos. E, há mais ou menos quatro ou cinco anos, é que decidimos pelo perfil definitivo do Estoril Classics: que é, exclusivamente, circuito, Dentro do circuito, teve toda a gama de corridas - desde o turismo, a Grande Turismo, a protótipos, etc.. E Fórmula 1. Portanto, o perfil definitivo ficou definido há quatro anos.

Ou seja, no retomar depois da pandemia?

Sim, foi mais ou menos nessa altura. Na pandemia, já tínhamos tomado essa decisão, já não existiam as outras atividades. Já era só circuito - o Circuito do Estoril, estava concentrado aí.

O Duarte foi piloto, mas não tão dedicado às pistas e sim à poeira e ao asfalto dos ralis e do todo-o-terreno. Como é que veio, então, esta ideia de centrar o evento em circuito?

Eu estive associado ao turismo em Cascais. E o autódromo do Estoril - desportos motorizados em geral - sempre tiveram uma história com Cascais e com o turismo em Cascais. Isso desde há 100 anos, digamos. E passou por tudo, vários circuitos, quer no Estoril - no Casino do Estoril na altura. Depois em Cascais, que era um circuito citadino. E, finalmente, depois passou para o Circuito do Estoril. O Circuito do Estoril passou a ser - e é ainda - uma âncora turística para Cascais. Portanto, começou por aí - pela necessidade de manter viva essa âncora turística e de manter vivo o desporto motorizado em Cascais. Então, começou por aí.

Eu tenho conhecimento, é verdade, fiz algumas corridas em circuito, mas é irrelevante. Estive mais no todo-o-terreno, por África, etc.. Mas a razão veio mais pela necessidade turística, digamos, do que pela veia do desporto automóvel.

E este ano chega a nona edição, em que o evento se vai juntar à celebração dos 75 anos da Fórmula 1. O que significa para si poder prestar esta homenagem à categoria rainha numa data e num circuito simbólicos?

Nós continuamos com as outras corridas, as outras oito corridas que há nas outras classes, mas quisermos festejar os 75 anos da Fórmula 1. E festejamos, na parte de competição, com o que para mim é da época áurea da Fórmula 1: os anos 1970 e 1980 - em que havia muito maior rivalidade, havia muito maior competição. Infelizmente, era mais perigoso, foi quando existiram mais mortes. Mas, depois, a seguir, aos anos 1970 e 1980, aparece o Michael Schumacher, sete vezes campeão do mundo, o [Lewis] Hamilton, sete vezes campeão do mundo, o [Max] Verstappen, quatro vezes campeão do mundo, etc.. Portanto, a Fórmula 1 perdeu aquele encanto que tinha, no meu entender, nos anos 1970 e 1980.

Nós quisermos manter uma corrida. São 26 Fórmula 1 da época de 1970 e 1980. Os carros são de Alain Prost, Niki Lauda, James Hunt, Alan Jones - todos esses dessa época. E, ao mesmo tempo, fazemos a exposição de carros de Fórmula 1 de cada década. Portanto, os anos 1950 na altura do [Juan Manuel] Fangio, com motores à frente, os 'charutos'. Depois, a época de 1960 - Jim Clark, Graham Hill, etc.. E as décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000. Temos um carro de cada década, para ver a evolução da Fórmula 1. Acho que isso é uma apresentação, uma exposição fantástica de homenagem.

E, provavelmente, inédita em solo nacional…

Pelo menos que eu tenha conhecimento, não existe. Acho extraordinário, porque temos o carro da altura do Fangio. Estamos a esquecer-nos que, nos anos 1950, o Fangio - que foi campeão de Fórmula em cinco anos - participou, em Monsanto, na Fórmula 1 da altura. Em 1957, 1959, etc. - até alternava entre Monsanto e Boavista, no Porto. Portanto, tivemos Fórmula 1 em Monsanto e, agora, temos aqui em exposição um carro dessa altura. Também temos o carro do Niki Lauda, que se sagrou-se aqui campeão do mundo. Portanto, acho que temos a amostragem ideal.

E como é que surgiu esta hipótese de o Estoril Classics se associar a estas 'bodas de diamante' da Fórmula 1? Há um envolvimento oficial com a Fórmula 1, ou é extra-oficial?

São contactos particulares. Estes Fórmula 1 pertencem a pessoas particulares que têm gosto por apresentarem os carros. Aliás, essa é a razão de ser da modalidade clássica - é o valor que os particulares dão aos seus carros, de mostrar os seus carros. Aqui não há pilotos vedetas, isso não existe. São todos 'gentleman drivers' - mas que gostam muito os carros e gostam de mostrar os seus carros. No fundo, os Fórmula 1 pertencem a privados, mas que não só os guiam como 'gentleman drivers', mas é pelo prazer de mostrar e expor uma joia do desporto motorizado.

Que desafios é que há para reunir tantas máquinas da história da Fórmula 1?

É difícil, mas há um ponto que preocupa. Os 26 estarão à partida para as corridas. Agora, é um fim de semana exigente para a Fórmula 1 desses tempos. Nós na sexta-feira são treinos, no sábado é uma corrida e no domingo é outra corrida. Antigamente, nessa altura, os carros avariavam muito. Para já, os 26 à partida era raro. E, normalmente, ficavam um, dois ou três pelo caminho com avarias mecânicas. E o desafio - pelo menos eu gostaria - é que todos eles chegassem à corrida de domingo. Porque, naturalmente, se calhar haver um, dois ou três, que ficarão pelo caminho porque as mecânicas cedem, os carros têm a sua idade - são carros que têm 40, 50 anos e cedem. Na altura, as mecânicas eram muito mais falíveis, não é? Portanto, o desafio é levar os 26 carros até domingo.

Eu lembro, no ano passado estive lá como espectador. Salvo erro, na corrida de sábado houve um carro que não consegui arrancar…

São carros que têm 50 anos. A manutenção é muito difícil - na altura, tendo toda uma estrutura de fábrica, etc., já os carros não chegavam ao fim. Agora, na mão de particulares - obviamente fazem a manutenção de uma forma profissional - mas é sempre muito delicado para aqueles carros funcionarem como gostaríamos que funcionassem. Que durassem sempre até ao fim. Hoje em dia, já é muito raro haver uma desistência na Fórmula 1, mas na altura vários ficavam pelo caminho. A mecânica era falível. Portanto, o desafio é esse, acho que era o ideal chegarem os 26 à corrida de domingo - até para gozo do público, que aparece sobretudo no domingo, e para poder apresentar o espetáculo o mais digno possível.

"Joias, peças de museu"

Os carros do evento, no geral, têm mecânicas antigas, são peças de museu. Como é que é possível gerir a competição e a preservação dos carros ao mesmo tempo?

Conforme eu dizia há bocado, estamos a falar de joias, peças de museu. Portanto, os pilotos - que são 'gentleman drivers' - querem sobretudo divertir-se, mostrar os carros, sobretudo, o amor que têm pelos carros. Mas não existe uma competição, a travagem, tudo isso, como existe numa corrida de carros modernos. Portanto, os pilotos respeitam-se, não há essa competição de 'faca nos dentes'. Acho que isso não existe nesta modalidade. São pessoas que respeitam os carros, respeitam os concorrentes e, portanto, não há essa 'guerra' de competição tão 'assanhada'. É uma mais… penso que se o [Max] Verstappen entrasse num carro destes, dava uma volta de avanço a qualquer um dos outros. [Risos]. Isso é normal. Portanto, temos de ver o perfil da modalidade, o perfil do piloto, o perfil dos carros e o perfil do espírito da competição - o espírito dos clássicos. Esse é que é o verdadeiro espírito dos clássicos.

E que tipo de cuidados especiais há a ter com os carros? Imagino que já não se produzam os componentes e os pneus, facilmente, como na altura…

É muito difícil porque eu sei que, por exemplo a Avon - que é quem fornece os pneus para os carros - têm de fabricar atualmente pneus exatamente com as mesmas características que tinham os pneus há 50 anos. Têm de ir buscar o tipo de borracha, o tipo de piso, o tipo de tela, tudo isso. Se nós metêssemos um pneu de Fórmula 1 atual nestes Fórmula 1 dos anos 1970, o carro partia-se ao meio - não aguentava. Assim como esses, se metêssemos uns 'slicks' num Ferrari de Gran Turismo ou num carro de Turismo. Os carros desfaziam-se, não tinham suspensão, não tinham chassis para aguentar essa aderência dos pneus. Isto, em matéria de pneus.

Em matéria de peças, é difícil porque muitas peças são fabricadas uma a uma para manter as características das peças de origem. Porque, senão, valia tudo, já não eram clássicos - passavam a ser carros antigos em vez de serem clássicos. Portanto, há esse cuidado e essa manutenção. É difícil; por isso é que vê que nestas competições de carros clássicos, às vezes há desistências, há carros que avariam, etc.. É pena, mas é normal, é quase normal acontecer. As caixas de velocidades, tudo isso, são feitas agora, mas com as características de antigamente. Não são peças que se compram, são todas feitas. Vê logo aí que o custo de manutenção destes carros, é exigente, é difícil.

Para além da competição em si, o programa também demonstrações. Pode adiantar que carros que irão participar nestas demonstrações? Serão os mesmos que vão competir?

Não. Em princípio, nós queríamos pôr na demonstração os carros que estão na exposição de Fórmula 1. Portanto, desde o carro do Fangio, ao Jim Clark, as décadas de 1950, 1960, 1990, 2000, 2010... Portanto, essa é que é a demonstração, para o público ver na pista a diferença de andamento e tudo isso entre os carros mais ou menos atuais e os carros de há 75 anos. Portanto, a demonstração vai ser feita por isso.

E vê, por exemplo, o grande salto entre as épocas de 1950 e 1960. Na época dos 1950 era um motor gigantesco à frente e, na época de 1960, passou para um motor minúsculo atrás. Os carros pareciam de brincadeira - hoje em dia seriam carros de brincadeira, mas aquilo eram os Fórmula 1.

Mesmo naquela era, com a tecnologia e os processos de fabrico limitados face ao que há hoje, os saltos evolutivos em poucos anos na Fórmula 1 já eram impressionantes…

Então de 1950 para 1960, quando eles optam pelo motor atrás em vez de à frente, foi uma revolução gigantesca. Depois, entra na parte aerodinâmica, depois passou-se pela fase dos turbos, depois passou-se para a fase da telemetria. Existiram várias fases e, tudo isso, é uma evolução incrível.

Ao longo da história, vários pilotos destacaram-se na Fórmula 1 no Estoril. Podemos esperar convidados de honra ao longo do fim de semana no paddock?

Haverá pilotos nacionais que andaram na Fórmula 1. Tivemos o Tiago Monteiro ou o Matos Chaves, que estarão lá. De estrangeiros, estamos a ver se não aparecem pilotos que tenham andado. Entretanto, há outros, não sei se conseguirão. Mas, sobretudo, de campeões nacionais, vamos ter vários.

A exposição dos Fórmula 1, está acessível fora do circuito, dentro do paddock, onde é que é?

Está no paddock. Quem quiser ir ao paddock... a bancada está aberta e é grátis, o paddock tem o seu bilhete. E no paddock está completamente aberto. As pessoas tocar nos carros, ver os carros, explicar o que é o carro, o histórico do carro, etc.. Está tudo explicado e há uma exposição muito interessante.

E os bilhetes esgotam e rapidamente…

[Risos]. O problema do autódromo do Estoril é o espaço, porque o paddock é relativamente pequeno. Em Paul Ricard, por exemplo, o paddock é muito maior. Ou em Le Mans - nesses circuitos, o paddock é muito maior. Portanto, temos o espaço limitado, quer de estacionamento dos carros no próprio parque do autódromo, quer no paddock. Como os carros estão visíveis, são 350 carros: uns estão a correr, outros estão a preparar-se para correr, é preciso preparar para a pré-grelha, etc.. Portanto, também há espaço que não pode ser ocupado. Não posso ter ali uma enchente de pessoas e o carro que vai entrar para uma corrida não consegue passar porque está bloqueado por multidões. Portanto, tem de ser limitado para haver espaço. Têm de se criar corredores onde se fazem as pré-grelhas, parque fechado, etc.. Portanto, não pode ter uma enchente de pessoas, completamente descontroladas. Tem de ser uma coisa ordenada e limitada.

O espírito diferente dos clássicos

O Estoril Classics não é só Fórmula 1. Que mais tem o programa para oferecer em pista e fora de pista?

Na pista, há os Fórmula 1, há os Turismos. Estou a falar da altura dos BMW. Lembro-me que, na altura, era uma grande competição que existia. Aos Gran Turismo, dos Ferrari, todos os carros de Le Mans. Também os protótipos dos 1970. Há os Gran Turismo pré-1966. Depois há os Porsche 2 litros, 911, os iniciais. E, depois, o Challenge Gentlemen, que são peças de museu. São carros de valor incalculável. E havia uma competição que tem Ferrari, Bugatti, isso tudo, durante essa altura dos anos 1950-60. E, depois, finalmente, vem o Iberian - que é uma classe mais aberta e que tem todos os carros. Vai ter os famosos GT40, os T70, todos esses carros de Le Mans e de turismo.

Fora de pista, o Estoril Classics, e esse é o espírito, as pessoas podem tocar nos carros, podem falar com os pilotos, podem entrar nas boxes, podem ver os mecânicos a afinarem. Até podem pedir para se sentar num. Os clássicos têm esse aspeto, que é muito agradável. As pessoas no paddock tocam nos carros todos, os carros estão no meio do público. Isso, de facto, é um espírito que existe nos clássicos e faz a grande diferença. Nas competições atuais, os carros estão muito distantes, os pilotos estão muito distantes.

Já lá vai o tempo em que nós aqui, eu lembro-me, no Estoril estar a jantar e ter ao meu lado a jantar no restaurante o Alain Prost ou o Niki Lauda. Já lá vai o tempo. Os pilotos estão mais distantes, os carros estão muito mais distantes, nas boxes é impensável passar. Aqui, não. Entra-se nas boxes, toca-se nos pneus, toca-se nos carros, fala-se com os pilotos, tiram-se fotografias com os pilotos. Portanto, existe todo esse ambiente que é único e é fantástico.

E isso leva-me a uma pergunta: Considera que este evento é uma hipótese de as gerações mais novas terem uma pequena ideia do que era o desporto motorizado no passado

Acho que sim, porque acho que, para o lado, a juventude não é por ser jovem que não gosta de ver coisas bonitas. Os jovens também gostam de ver coisas bonitas, não são só os velhos. Depois, os jovens também são sensíveis para uma tecnologia que hoje em dia já não se usa. Mas, para ir à origem da tecnologia, dos motores, tudo isso - verem fisicamente como aquilo era. Há uma grande curiosidade em relação a isso; pensar que os jovens só pensam no que é atual? Não, eles gostam de ver também a origem dessas coisas todas, a evolução dessas coisas todas. Sobretudo, penso que - e eu tenho filhos e netos - são sensíveis a coisas bonitas, e os carros são, de facto, muito bonitos.

O Estoril Classics é um dos grandes eventos motorizados e desportivos da zona de Cascais ao longo do ano. Qual é o impacto económico e turístico na região que se estima com o evento?

Temos cerca de 350 carros, com equipas, pilotos, também com famílias, porque os pilotos trazem famílias - ficam aqui uma semana, as famílias passeiam, etc.. Portanto, isso obviamente que gera economia local. E, depois, também para o público-alvo: estes pilotos, digamos, são pessoas que procuram lugares paras se reformarem ou para trabalharem não fisicamente, tudo isso. E, em Cascais, esse é o nosso lema: Cascais é o sítio ideal no mundo para se estar um dia ou uma vida inteira. Portanto, é aberta, também, a esse tipo de público. Não é só a noite de hotel - também tem a noite de hotel, obviamente, mas depois também há abre muitos horizontes.

A fechar, uma pequena 'provocação'. O Duarte tem um passado como piloto. Como é que é viver o desporto motorizado a partir de fora, como mentor de um evento? Há aquela 'bichinho', ou a tentação de ir lá para dentro e pôr-se ao volante?

Eu fechei o livro quando fiz o último Dakar, que foi em 1997, porque acho que... como se costuma dizer, fiquei 'com a barriga cheia'. Porque, repare, fiz circuitos... Não sei, é uma questão de sorte, seja o que for, mas nos circuitos lembro-me que o meu sonho era ganhar Vila Real. E ganhei Vila Real. Depois, fui para as rampas, o meu sonho era ganhar a Rampa da Penha. Ganhei a Rampa da Penha. Depois, fui para os ralis, o meu sonho era ganhar Sintra, e ganhei o Rali de Sintra. Depois andei nos quad, também ganhei nos quad. Portanto, tive sorte na minha… nem vou chamar carreira a isto. E, depois, o Dakar.

Tive o que estava à espera, tive o que nem nunca pensei que iria ter. Portanto, fechei o livro. É claro que gosto de carros, gosto de ver carros, é claro que o meu coração bate forte. Mas, ir lá para dentro, acho que não iria. Já me pediram algumas vezes, mas prefiro não me meter nisso.

E para conduzir, é fã de carros mais clássicos, ou da modernidade dos elétricos ou dos híbridos?

Sempre clássicos. Aliás, em conversas com vários amigos discute-se qual é o carro mais bonito - se Aston Martin, um Ferrari. E eu, desculpem lá, mas para mim, nada se compara a um Jaguar E, a um Morgan, a um MG dos antigos, um Cobra… Para mim, nada se compara esses carros clássicos. O Mercedes 300 SL - se pudesse, se tivesse dinheiro, esses seriam os carros do dia-a-dia.

Leia Também: Estoril vai receber mais de 30 carros de Fórmula 1 já em outubro

[Notícia atualizada às 11h55]

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