Aproxima-se a época de estreia da Genesis Magma Racing no Mundial de Resistência (WEC), e o primeiro teste de 'endurance' da equipa passou por Portugal.
A formação da sub-marca de luxo da Hyundai esteve no Autódromo Internacional do Algarve de 16 a 18 de setembro, com quatro pilotos a revezarem-se ao volante do GMR-001 Hypercar.
Foram eles André Lotterer, Pipo Derani e os recentemente anunciados Daniel Juncadella e Mathys Jaubert - que, assim, começaram a trabalhar com a Genesis em pista.
O programa incluiu 32 horas seguidas de rodagem no circuito dos arredores de Portimão, num teste descrito como "um passo chave no desenvolvimento do carro" antes da estreia competitiva. O objetivo foi "confirmar a fiabilidade de todos os aspetos do carro, testando-os depois até ao ponto de rutura e ainda mais além".
A Genesis vai competir na principal categoria do WEC, os LM Hypercar, a partir do próximo ano. Estará frente a frente com concorrentes de peso como BMW, Ferrari, Porsche ou Toyota.
A abordagem aos testes
Ao longo dos três dias do programa, o construtor tirou partido de temperaturas relativamente altas no Algarve, pondo à prova o sistema de arrefecimento do carro e o motor V8 biturbo 3,2 litros.
Um ensaio de longa distância levou os pilotos a revezarem-se em 'stints' triplos. Serviu para que os pilotos pudessem dar indicações acerca dos níveis de conforto, mas não só. Foi possível recolher dados com vista à gestão das corridas e da energia, bem como aferir o desgaste dos pneus com compostos e condições diferentes.
Rodar em período noturno deu a oportunidade para aferir a iluminação do hipercarro - que é um recurso obrigatório nos modelos que competem no WEC e noutras provas de resistência.
Justin Taylor, engenheiro chefe da Genesis Magma Racing, afirmou em comunicado: "O principal objetivo de um teste de 'endurance' é pôr quilómetros no carro e ver que problemas podes gerar pelo caminho".
Numa etapa inicial do projeto, com menos de uma dezena de testes em pista, os problemas são expectáveis, como explicou o engenheiro: "Nesta fase esperas ter problemas a surgir para teres a hipótese de os resolver. Penso que podemos estar satisfeitos com os resultados do teste. Fizemos muitos quilómetros, mas estamos numa fase muito prematura do desenvolvimento do carro, pelo que aprendemos muito com todas as sequências de voltas, que podemos levar para os próximos testes".
Com este teste realizado, a Genesis já aponta ao futuro. Taylor falou sobre os planos: "Os nossos próximos testes vão ser para acrescentar mais desempenho. Vamos ter mais oportunidades para mudar calibrações, mudar software, mudar peças e depois puxar pelo carro. Depois, vamos testar isso no próximo teste de resistência".
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