Da BYD à Xpeng, passando pela Leapmotor ou pela Firefly, as marcas automóveis chinesas são cada vez mais conhecidas na Europa. A oferta cresce e, habitualmente, a preços competitivos. Mas a BMW não receia que cheguem a uma posição de domínio.
Jochen Göller, membro do conselho de administração encarregue do departamento de Clientes, Marca e Vendas do fabricante alemão, reconheceu o potencial dos chineses e até elogiou os seus produtos: "A China tem uma indústria automóvel extremamente forte e diversa, então o facto de estarem a sair como os japoneses e os coreanos no passado é muito normal. Claro que eles ocuparão uma certa quota de mercado - seja de 10 ou 15 por cento, irá acontecer. Decididamente não menosprezamos os chineses, eles constroem bons carros. Não há carros maus na China".
Boa parte da oferta de carros chineses passa por modelos elétricos e avançados do ponto de vista tecnológico. Algo que pode não ser aquilo que os clientes europeus procuram massivamente.
Pelo menos, é o que observou Jochen Göller: "O motivo [dos clientes da China] para adquirirem um 'smarthpone sobre rodas' e o foco na digitalização não é exatamente o que os clientes europeus querem. Os construtores chineses terão sucesso, mas acreditar que eles podem repetir noutros mercados esta taxa de mercado incrível que aconteceu na China é difícil".
O responsável da BMW considera que os preços "extremamente impressionantes" praticados na China também não são extrapoláveis para o mercado europeu. Apesar de não prever uma posição dominante dos construtores chineses na Europa, Jochen Göller acredita que terão o seu espaço: "Eles chegarão e haverá uma certa quota de mercado que está claramente a acontecer".
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