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Produção e lucros da BYD estão a descer

Pela primeira vez desde 2020, a BYD registou dois meses consecutivos de quebra de produção. A empresa chinesa é, ainda assim, o maior fabricante de carros elétricos. Os lucros também desceram.

Produção e lucros da BYD estão a descer

© Jonathan Raa/NurPhoto via Getty Images

Bernardo Matias
04/09/2025 12:57 ‧ há 18 horas por Bernardo Matias

Auto

BYD

Em agosto, a BYD viu a sua produção abrandar 3,78 por cento face ao mesmo mês do ano passado - uma situação que aconteceu em dois meses consecutivos.

 

Foram produzidos, ao todo, 353.090 veículos, entre elétricos e híbridos plug-in. Em julho, a quebra tinha sido mais ligeira, ficando nos 0,9 por cento, segundo a agência Reuters.

Desde junho e julho de 2020, há cinco anos e em plena pandemia, que a BYD não diminuía a produção em dois meses seguidos. Uma consequência do abrandamento deliberado da produção noticiado em junho pela mesma agência de notícias - com a redução de turnos e o adiamento dos planos de construção de novas linhas de montagem.

Lucro caiu, vendas na China também

Para além de a produção descer, o mesmo se verificou com o lucro do último trimestre - algo que não acontecia há cerca de três anos e meio. A quebra foi de 30 por cento.

as vendas na China recuaram 14,3 por cento face ao mesmo mês de 2024. O país de onde a marca é originária representa quase 80 por cento das vendas. Analistas do China Mercants Bank International reviram a produção da BYD em baixa para 4,9 milhões de unidades no fim do ano (menos cinco por cento do que na estimativa anterior).

As particularidades do mercado chinês podem explicar estes registos, com a perda da vantagem que a BYD tinha no seu modelo de negócio. As autoridades chinesas estão a tentar travar a forte guerra de preços e excesso de produção no setor automóvel, preocupadas com a saúde da indústria e economia do país.

Segundo analistas da Jefferies explicaram à agência Reuters, existiu um acumular de fatores - entre aspetos estruturais prejudiciais ao que tornava a BYD competitiva e o próprio momento difícil de vendas.

Entendem estes especialistas que "o 'comboio de sucesso' da BYD - alimentado pela escala, cortes nos custos e liderança técnica - perdeu velocidade". E alertam que os desempenhos mais fracos devem continuar até que o fabricante consiga recuperar o ímpeto que tinha.

Crescimento na Europa

Ao nível europeu, a BYD está a testemunhar um crescimento: só na União Europeia foi de 206,4 por cento em julho, com 9.698 veículos para ficar inclusivamente à frente da Tesla no sétimo mês do ano. Entre janeiro e julho, o construtor asiático conseguiu subir 251,3 por cento na UE, com 58.434 novas unidades registadas no espaço comunitário.

Se a análise também incluir os países EFTA e o Reino Unido, então a BYD avançou 225,3 por cento em julho (13.503 novas matrículas) e 290,6 por cento nos primeiros sete meses do ano (vendendo 84.416 veículos).

De referir que em Portugal a BYD foi a marca de carros elétricos mais vendida em agosto, com 384 unidades matriculadas. Ficou à frente da BMW e da Tesla.

Leia Também: BYD lidera nos carros elétricos em Portugal em agosto. Tesla em terceiro

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