Mais de seis décadas depois, a fábrica da Nissan em Oppama irá deixar de produzir dentro de cerca de três anos. A decisão foi anunciada esta segunda-feira, mas não implica o fecho total daquelas instalações que começaram a operar em 1961.
Em comunicado, o fabricante anunciou que a produção em Oppama será transferida e integrada na fábrica da Nissan Motor Kyushu em Fukuoka. No distrito de Oppama mantém-se o Nissan Research Center, Grandrive, instalações de testes de embate e o Oppama Wharf. A medida surge no âmbito do Re:Nissan - o plano de recuperação anunciado em maio,
A expectativa da Nissan neste programa passa por reduzir a sua capacidade de produção de 3,5 milhões para 2,5 milhões de unidades em todo o mundo. Pretende ter uma taxa de utilização de fábricas a rondar 100 por cento. Em equação está reduzir o número de locais de produção de 17 para 10.
Ivan Espinosa, diretor-executivo da Nissan, falou de uma "decisão difícil, mas necessária", que crê ser "um passo em frente essencial" de forma "a ultrapassar os desafios atuais e construir um futuro sustentável".
Apesar de ter sido anunciado agora o fim de produção, os funcionários de Oppama irão manter os empregos até ao fim do ano fiscal de 2027. No entanto, perante o futuro incerto que poderão ter a partir desse ponto, serão delineadas medidas, antes de encetar conversações com os sindicatos. A Nissan vai, também, equacionar opções para o uso da fábrica de Oppama quando a produção de automóveis sair de lá.
Na semana passada, a Nissan obteve equivalente a 860 milhões de euros em emissão de nova dívida - de modo a aplicar no financiamento de projetos e a ter um aumento de liquidez. Só no último ano fiscal (acabou a 31 de março), a empresa teve 4,12 mil milhões de euros em prejuízo.
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