As fábricas da Ford na Alemanha passam por dias mais difíceis. O construtor concorda com 10.000 rescisões voluntárias na fábrica de Colónia.
Segundo a Reuters, numa medida que surge na sequência do lento avanço do mercado dos carros elétricos, o construtor europeu chegou a acordo para um plano de proteção de empregos.
Benjamin Gruschka, líder do conselho de trabalhadores, disse citado pela agência noticiosa: "Os cortes de empregos estão, sobretudo, baseados em rescisões voluntárias. Os pagamentos para rescisão são generosos e significativamente melhores do que é habitual na indústria automóvel".
As instalações receberam um investimento de dois mil milhões de dólares para se converterem num centro de produção de veículos elétricos. Mas a Ford também apelou ao governo alemão no sentido de incentivar mais os condutores a trocarem para carros elétricos.
E Colónia não é a única fábrica afetada pelos cortes da Ford. Em novembro passado, foi anunciada a redução de cerca de 14 por cento da mão-de-obra na Europa (cerca de 4.000 pessoas) - sobretudo na Alemanha e Reino Unido.
Tudo devido à falta de procura de veículos elétricos e de apoios governamentais para que os condutores façam essa transição, para além da competição imposta pelos fabricantes chineses.
A fábrica de Saarlouis enfrenta mesmo o encerramento, depois de em 2022 Valência ter sido o local escolhido para a produção de carros elétricos na sequência de um processo de avaliação de ambas as opções. Na altura, foi anunciado que Saarlouis manteria a produção do Ford Focus.
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