Tem carro com caixa manual? Deve evitar estes erros

Apesar de muitos carros atuais terem transmissão automática ou não terem caixa (no caso dos elétricos), ainda há vários com caixa manual. Saiba alguns erros que pode (e deve) evitar para preservar a 'saúde' do automóvel como um todo e até a segurança.

Desde engrenar a mudança certa no momento certo (muitos carros já apresentam essa sugestão) até ao sítio onde apoia a mão ou os pés, há uma série comportamentos a não praticar.

E alguns parecem não ter um grande impacto na saúde do veículo, embora isso não corresponda à realidade. As dicas são veiculadas pelo ACP - Automóvel Club de Portugal e pelo britânico RAC - Royal Automobile Club.

Mão constantemente na alavanca da caixa: É, talvez, um dos comportamentos incorretos mais habituais na condução, até um mau 'vício'. É frequente os condutores deixarem a mão 'apoiada' na alavanca da caixa de velocidades. Além do risco para a segurança de condução (deve sempre ter as duas mãos a segurar firmemente o volante), o peso imposto no seletor da caixa pode contribuir para o desgaste.
Acelerar em baixas rotações: Se estiver a viajar em mudanças altas e velocidades baixas, não deve acionar o pedal do acelerador ao máximo de forma repentina. O aumento da velocidade deve ser feito pressionando o pedal de forma suave, ou então ao fazer primeiro a redução de caixa.
Engrenar a segunda para arrancar: Por vezes, os condutores decidem arrancar com a segunda velocidade engrenada. Os componentes da embraiagem e transmissão podem sofrer desgaste extra, uma vez que estão concebidos para iniciar marcha com a primeira.
Soltar a embraiagem demasiado cedo: Em especial condutores mais inexperientes podem ter a tendência em tirar o pé da embraiagem demasiado cedo ou bruscamente - causando não só as desagradáveis sensações dos solavancos, como também pressão em excesso no motor e transmissão, incluindo sobreaquecimento da embraiagem.
Apoiar o pé no pedal da embraiagem: Mesmo que a embraiagem não esteja totalmente acionada, deixar o pé apoiado no pedal contribui para a ativação dos mecanismos e consequente desgaste e redução da vida útil. O pé só deve estar em cima do pedal da embraiagem quando necessário.
Ponto de embraiagem: O ponto de embraiagem é necessário para certas ocasiões, mas os esforços para o encontrar levam os componentes a desgastar-se mais rapidamente. Por outro lado, nunca deve usar o ponto de embraiagem para suster o seu carro numa subida parado no trânsito - para isso, existem os travões. Se o fizer através do ponto de embraiagem, está a acentuar o desgaste do disco sem qualquer necessidade e ainda corre o risco de deixar descair o carro por não encontrar o ponto a tempo ou perdê-lo por uma distração.
Caixa engrenada nos semáforos vermelhos: Quando estiver parado num semáforo vermelho, ter uma mudança engrenada é um comportamento a evitar. Deve estar em 'ponto morto' para minimizar o desgaste dos componentes da transmissão, sem pressionar a embraiagem.
Primeira velocidade em movimento: Circular com a primeira mudança engrenada (mesmo a velocidades mais baixas) é outro comportamento para o qual os carros não estão preparados. Deve optar sempre, pelo menos, pela segunda, reservando a primeira para os arranques.
'Ponto morto' desadequado: Há quem pense que colocar o carro em 'ponto morto' em situações como descidas contribui para a poupança de combustível. Além de ter um efeito prejudicial na eficiência, cria perigos devido à influência no comportamento do automóvel - não permite, por exemplo, reagir rapidamente com aceleração caso seja necessário. Também não pode contar com o efeito de travão motor, levando por consequência a um esforço excessivo dos travões se necessário.

Poupar combustível? Não faça isto, é um mito que até faz gastar mais

Se tem um veículo com motor a combustão e caixa manual, siga este conselho.

Notícias ao Minuto | 10:21 - 07/03/2025

Não ter a mudança adequada à velocidade: Nem sempre os condutores têm engrenada a mudança ideal para a velocidade de circulação. Uma mudança baixa para velocidades mais altas origina um excesso de rotações do motor - que, assim, ficará a operar em esforço. Uma mudança alta para velocidades e rotações reduzidas resulta num rendimento inferior ao que era suposto, tendo impacto na saúde do carro.