Fábricas da Stellantis poderão ter de fechar, como consequência do eventual incumprimento dos objetivos de emissões de dióxido de carbono - tidos como impossíveis de alcançar pelo conglomerado automóvel.
O alerta vem do próprio diretor europeu, Jean-Philippe Imparato, que segundo o Finanz und Wirtschaft afirmou em Roma que serão necessárias "decisões complicadas" no fim do ano se nada mudar.
Caso não cumpra as rigorosas metas da União Europeia sobre as emissões poluentes, a Stellantis pode enfrentar multas de até dois biliões e meio de euros dentro "de dois a três anos", segundo o líder.
Jean-Philippe Imparato considera duas alternativas para enfrentar a situação: ou dobrar esforços no investimento em modelos elétricos; ou terminar a produção de motores de combustão acarretando o fecho de fábricas.
Os objetivos das emissões poluentes nos novos automóveis e carrinhas de passageiros são vistos por Jean-Philippe Imparato como impossíveis de atingir. No entanto, a UE prevê a aplicação de multas avultadas para quem entrar em incumprimento.
A Reuters escreve que os fabricantes europeus enfrentam a necessidade de aumentarem a venda de automóveis elétricos, sob pena de sofrerem as admoestações comunitárias.
A aplicação de multas terá em conta a média de emissões entre 2025 e 2027, depois da pressão bem-sucedida por parte dos fabricantes ter resultado numa emenda da legislação que foi emitida em maio passado. O objetivo passa por uma redução de 15 por cento face aos níveis definidos para 2021.
Estes são alguns dos esforços de Bruxelas para conter e combater as alterações climáticas, contando igualmente proibir os motores de combustão até 2035.
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