O lucro líquido da Audi caiu para 630 milhões de euros no primeiro trimestre, menos 14,4% do que no mesmo período de 2024, devido à "economia sombria, ao aumento da concorrência e à incerteza política".
A Audi informou hoje que o lucro operacional aumentou entre janeiro e março para 537 milhões de euros, mais 14,6% do que no ano anterior.
O presidente executivo da Audi, Gernot Döllner, afirmou que no primeiro trimestre foram dados "passos decisivos para reposicionar" a Audi.
Para isso contribuirá também a redução de 7.500 postos de trabalho na Alemanha até 2029.
No mesmo período, o volume de negócios aumentou 12,4% para 15.431 milhões de euros, graças às vendas de modelos mais caros e elétricos.
Mas as entregas da marca caíram 3,4% para 383.401 unidades.
O retorno operacional sobre as vendas subiu para 3,5% (3,4% um ano antes).
As entregas das marcas Audi, Bentley e Lamborghini caíram para 388.756 unidades (-3,3%) e as das motos Ducati baixaram para 11.947 unidades (-3,5%).
"Os nossos números-chave mostram claramente: temos de aumentar a nossa eficiência e competitividade e impulsionar a transformação da Audi com força total", disse o diretor financeiro Jürgen Rittersberger.
O resultado financeiro da Audi, que também detém as marcas Bentley, Lamborghini e Ducati, caiu no primeiro trimestre para 265 milhões de euros (-48,5% em relação ao ano anterior).
A contribuição da China, onde vende menos e onde tem muita concorrência, foi de 170 milhões de euros, contra 179 milhões de euros no ano anterior.
Döllner considera a sua "ofensiva de modelos um sucesso" e destacou o aumento das vendas de veículos elétricos Audi para 46.371 unidades (+30,1%), especialmente em França (+169%), Suíça (+120%), Holanda (+87%), Noruega (+64%) e Alemanha (+59%).
A Audi prevê que 2025 será um ano difícil devido às condições económicas mundiais e mantém a previsão de um volume de negócios entre 67.500 milhões de euros e 72.500 milhões de euros.
Prevê igualmente uma rendibilidade operacional entre 7% e 9% e um 'cash-flow' líquido entre 3.000 e 4.000 milhões de euros.
Contudo, a Audi considera que não pode avaliar de maneira conclusiva as implicações financeiras das tarifas sobre as importações sobretudo nos Estados Unidos, nem o custo da redução de postos de trabalho.
Por esta razão, estes dois aspetos não estão considerados nas previsões.