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Futuro Governo deve manter plano de abate de veículos em fim de vida

A Valorcar defendeu hoje que o futuro Governo deve manter no Orçamento de Estado para 2024 os incentivos ao abate dos veículos em fim de vida para renovar o parque automóvel e melhorar o ambiente.

Futuro Governo deve manter plano de abate de veículos em fim de vida
Notícias ao Minuto

07:55 - 29/03/24 por Lusa

Auto Valorcar

"Achamos que seria importante manter essa medida e acreditamos que será mantida", disse à Lusa o diretor de operações da Valorcar -- Sociedade de Gestão de Veículos em Fim de Vida, José Amaral.

O Orçamento do Estado para 2024 prevê 129 milhões de euros para um programa de abate de cerca de 45 mil veículos em fim de vida, assim como incentivos à compra de carros elétricos.

No entanto, o Governo decidiu adiar a regulamentação destas medidas, deixando a responsabilidade para o futuro executivo de Luís Montenegro, que irá tomar posse na terça-feira e poderá fazer retificações ao OE 2024.

"Seria interessante, a nível nacional, promover medidas para reduzir a idade do parque automóvel e acelerar o processo dos veículos mais velhos serem entregues para abate", defendeu José Amaral.

O dirigente disse que a idade média dos veículos em final de vida recebidos nos centros de abate da Valorcar ultrapassou os 24 anos em 2023, seguindo uma tendência que já vem de longe e refletindo o envelhecimento do parque automóvel português.

Em resultado, a entidade abateu no ano passado cerca de 100 mil veículos, menos 7,5% do que em 2022.

Ou seja, sublinhou José Amaral, as estradas portuguesas têm a circular mais veículos que são mais poluentes do que os mais recentes e cujos padrões de segurança são também menos exigentes.

O dirigente da Valorcar, constituída pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), disse que os portugueses não compram veículos mais recentes por razões económicas -- "a capacidade aquisitiva é menor do que em outros países" -- mas também devido à política fiscal.

Em outubro, a ACAP defendeu a redução das taxas de tributação autónoma em 10%, para promover a renovação do parque automóvel e a descarbonização.

José Amaral falava à margem do Fórum e exposição internacional de cooperação ambiental de Macau 2024 (MIECF, na sigla em inglês), onde falou sobre a reciclagem de veículos elétricos, nomeadamente das baterias.

Dois em cada cinco veículos vendidos na China são elétricos, representando estas vendas 60% do total mundial.

Mas em Portugal a gestão de veículos elétricos ainda é "um desafio bastante recente", sendo que os primeiros "só deverão chegar ao fim de vida daqui a cerca de 10 anos", disse José Amaral.

Ainda assim, a Valorcar pretende, "no espaço de um ano, vir a ter unidades que também vão permitir reaproveitar os materiais que estão no interior das células" das baterias de veículos elétricos.

A Valorcar é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que possui licenças do Estado Português para gerir os sistemas integrados de veículos em fim de vida e de resíduos de baterias e acumuladores.

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