Semicondutores. China deixa apelo aos Países Baixos

O Ministro do Comércio da China pediu hoje ao homólogo dos Países Baixos que seja mantida "a normalidade" no comércio de máquinas litográficas para produção de semicondutores avançados.

semicondutores de carboneto de silício

© Bosch

Lusa
28/03/2024 07:17 ‧ 28/03/2024 por Lusa

Tech

Semicondutores

A reunião ocorreu em Pequim, num momento delicado nas relações entre os dois países, devido às restrições impostas pelos Países Baixos sobre as exportações para a China de equipamento para fabrico de semicondutores.

Wang Wentao manifestou esperança de que os Países Baixos continuem a "apoiar as empresas no cumprimento das obrigações contratuais" e "a estabilidade da cadeia global de fornecimento de semicondutores" seja assegurada, de acordo com a imprensa oficial de Pequim.

O ministro chinês garantiu que o país asiático "valoriza a posição dos Países Baixos a favor do comércio livre" e considera o país europeu um "parceiro comercial fiável".

Geoffrey van Leeuwen reiterou a defesa do comércio livre por parte dos Países Baixos, sublinhando a "grande importância" atribuída à cooperação económica e comercial com a China.

O responsável neerlandês explicou que os controlos das exportações "não são dirigidos a nenhum país em particular" e as decisões são tomadas "com uma avaliação independente, minimizando o impacto na cadeia global de fornecimento de semicondutores sob as premissas da segurança e controlo".

Na quarta-feira, o primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, reuniu-se em Pequim com o Presidente chinês, Xi Jinping, que afirmou esperar que os Países Baixos proporcionem "um ambiente de negócios justo e transparente" às empresas chinesas.

A globalização económica pode "encontrar obstáculos", mas sublinhou que "os laços não podem ser quebrados", disse Xi.

De acordo com a declaração oficial chinesa, Rutte afirmou que o seu país "não pretende desvincular-se ou quebrar os laços com a China".

No ano passado, os Países Baixos introduziram um requisito de licenciamento para o equipamento de fabrico de 'chips', depois de os EUA terem feito o mesmo, invocando preocupações com a segurança.

Pequim tem acusado repetidamente os EUA de tentarem travar o desenvolvimento económico da China, restringindo o acesso do país a tecnologia avançada. Em resposta, Xi lançou uma campanha para desenvolver 'chips' e outros produtos de alta tecnologia no país.

Em janeiro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que Pequim "opõe-se sempre a que os Estados Unidos alarguem o conceito de segurança nacional e arranjem várias desculpas para coagir outros países a imporem um bloqueio tecnológico contra a China".

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