Foi entre o Município de Valença e Tui que se realizou aquela que foi a primeira viagem com recurso a condução autónoma 5G. Na passada quarta-feira, o shuttle autónomo cumpriu os testes na Ponte Internacional e nas instalações do Centro Tecnológico de Automação da Galiza, com o objetivo de demonstrar o valor do 5G na mobilidade autónoma conectada (CAM) em condições transfronteiriças.
Os obstáculos encontrados foram alguns, mas segundo a organização todos foram ultrapassado graças à conectividade 5G.
Num primeiro momento, o veículo passou o controlo para o centro de controlo de tráfego, onde um técnico assumiu a condução, remotamente, usando uns óculos de realidade virtual. Mais tarde um sensor instalado na ponte detetou um pedestre que se encontrava num ângulo morto do veículo e a informação foi pasada à rede e ao shuttle, evitando assim a colisão. Toda a informação foi transmitida pela rede 5G da NOS, fazendo uso de tecnologia Nokia, em tempo real, assegurando a velocidade, baixa latência e a fiabilidade da comunicação, essenciais para que a viagem fosse feita de forma segura e sem sobressaltos.
Os insights resultantes do projeto 5G-MOBIX servirão de informação de base para a definição de novas regulações e standardizações, a nível europeu, relacionadas com a Mobilidade Autónoma Conectada, bem como para impulsionar o desenvolvimento de novos modelos de negócios em torno desta área.
Recorde-se que a iniciativa 5G-MOBIX, financiada pela União Europeia (2018-2022) no âmbito do Horizonte 2020, tem como objetivo principal estabelecer a base para o desenvolvimento de corredores 5G e impulsionar o desenvolvimento de oportunidades aplicadas à Mobilidade Autónoma Conectada.