A McLaren esteve durante dois dias em testes privados no Autódromo Internacional do Algarve. Colton Herta foi o piloto escolhido pela equipa para rodar com o MCL35M, o monolugar da McLaren em 2021, e após segunda e terça-feira completou 162 voltas ao traçado de Portimão, o que equivalente a 750.000 quilómetros. O suficiente para completar dois Grandes Prémios e meio.
“Foi muito divertido, dois dias fantásticos de aclimatização ao carro, que é obviamente um pouco diferente do que estou habituado a conduzir”, começou por dizer Herta, em declarações reproduzidas pelo jornal The Race.
Na segunda-feira, o jovem norte-americano que compete na IndyCar realizou 80 voltas e esta terça-feira realizou mais duas do que no dia anterior, tendo testado pneus de vários compostos.
“É um estilo de condução um pouco diferente, mas os engenheiros foram muito úteis e puseram-me a par de tudo. E que carro. Que carro para pilotar. É muito especial fazer um primeiro teste com um carro de Fórmula 1, mas fazê-lo num carro vencedor é ainda melhor. Consegui fazer alguns ajustes na afinação para o colocar mais ao meu gosto", sublinhou Colton Herta.
E o que pensou o piloto da IndyCar sobre o circuito de Portimão? Herta revelou que as diferenças sentidas na meteorologia dificultaram a comparação com os tempos por volta fixados por Lando Norris e Daniel Ricciardo em 2021.
“Esta é uma pista onde é difícil de compreender esse aspeto, devido aos ventos e a tantos outros aspetos. Fiquei satisfeito com o meu tempo por volta, mas estamos com um pneu um pouco diferente do que teríamos num fim de semana de Grande Prémio. E se olharmos para as declarações que muitos pilotos fizeram no ano passado, eles falam sobre o quão ventoso pode ficar e da forma como isso pode mudar o carro de curva para curva. Portanto, em relação aos tempos por volta, é um pouco difícil de dizer. Penso que os engenheiros saberão, ao olharem para os dados, se és rápido ou não", afiançou.
Por fim, Herta enalteceu quais as grandes diferenças sentidas por si ao conduzir um monolugar de Fórmula 1.
“A primeira coisa que reparas assim que sais da via das boxes é no binário, mesmo em baixas rotações. Obviamente, a velocidade em curva foi maior do que num carro da IndyCar, mas não me impressionou tanto como a aceleração e como a facilidade proporcionada pelo downforce", concluiu.
A McLaren tem agendados novos testes para os dias 18 e 19 deste mês. Will Stevens, piloto de testes e desenvolvimento da equipa, deverá ser o homem atrás do volante no MCL35M no Algarve.
Leia Também: McLaren confirma testes em Portimão e revela os pilotos envolvidos
