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ACAP pede mais incentivos para compra de veículos híbridos e elétricos

O secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), Hélder Pedro, insistiu hoje que deve haver mais incentivos pelo Governo para a compra de veículos híbridos e elétricos, de forma a garantir a mobilidade elétrica.

ACAP pede mais incentivos para compra de veículos híbridos e elétricos
Notícias ao Minuto

19:11 - 26/05/22 por Lusa

Auto Associação Automóvel de Portugal

interessante ver que no inquérito aos consumidores, 50% estão disponíveis para comprar um veículo elétrico ou híbrido, mas com um limite de valor, porque sabemos que o rendimento dos portugueses, infelizmente, não é o que gostaríamos", disse à Lusa o responsável, à margem da apresentação do estudo "As Redes de Retalho Automóvel em Portugal -- O presente e o futuro do setor", em Lisboa.

"Se a opção, como o nosso Governo e a União Europeia dizem, é a mobilidade elétrica, também devem os poderes públicos fazer a sua parte, incentivando e compensando, e o Fundo Ambiental serve exatamente para isso", acrescentou o responsável, que apontou que a maioria dos portugueses "não têm ainda capacidade financeira para fazer essa troca".

O estudo, apresentado no Centro de Congressos de Lisboa, refere que um em cada dois consumidores "afirma que o seu próximo carro será híbrido ou elétrico", sendo que 90% está disposto a pagar, no máximo, 35.000 euros por uma viatura elétrica.

Durante a apresentação, a cocoordenadora do estudo Rita Alemão explicou que este é um valor para as marcas 'premium', quando nas marcas generalistas, este valor "não passa dos 20.000 euros".

O cocoordenador do estudo Zorro Mendes assinalou, na sua apresentação que "o Estado português tem de assumir responsabilidades".

Entre as medidas propostas, esteve a "revogação a breve prazo do adicional do ISP, criado em 2004, mas "que tem sido sucessivamente renovado nos Orçamentos do Estado". De igual forma, abordou a implementação de "um consistente e previsível programa de incentivos diretos" à aquisição de carros elétricos, ao invés da atual "corrida" aos subsídios ou a recuperação dos incentios ao abate de veículos em fim de vida.

O académico defendeu ainda a utilização de fundos do PRR para o apoio à aquisição de viaturas elétrica.

O estudo aplicou o modelo 'input-output' à economia portuguesa para concluir que a quebra na procura final no setor do retalho automóvel foi de 3.597 milhões de euros devido à pandemia da covid-19.

Segundo as conclusões apresentadas, o valor da produção de todos os setores reduziu-se em 5.528 milhões de euros, enquanto o valor acrescentado bruto (VAB) caiu 2.494 milhões de euros em função da quebra na procura e a receita fiscal baixou 16 milhões de euros.

Segundo Helder Pedro, o setor enfrenta agora dois grandes problemas: as falências nas cadeias de abastecimento dos semicondutores -- fabricados principalmente na China, Taiwan e Malásia, afetados pela pandemia --, que são "muito importantes para os novos veículos", e as consequências da guerra na Ucrânia.

"Com a guerra na Ucrânia, temos um outro problema, que é o problema das matérias-primas", sendo que o país, invadido por Moscovo no final de fevereiro, é "um grande produtor de cablagens elétricas", enquanto a Rússia é "um grande fornecedor" de materiais como paládio ou alumínio.

O estudo apresenta ainda uma projeção do parque automóvel para 2025, tendo Rita Alemão salvaguardado que estas foram feitas ainda antes da guerra na Ucrânia.

Os autores desenvolveram três cenários para os veículos ligeiros de passageiros para esse ano: no cenário mais baixo, os veículos elétricos representariam 2,3% (126.723 automóveis) do parque automóvel, os híbridos 8,5% (474.776), os a gasolina 38,4% (2.140.267) e os a gasóleo (2.830.192).

Já no cenário mais alto, os veículos elétricos representariam 3,6% do mercado (201.323 automóveis), os híbridos 9,0% (499.526), os veículos a gasolina 37,5% (2.092.167) e os de motor a gasóleo 49,9% (2.779.942).

Os autores do estudo verificaram ainda que o volume de negócios do setor "observou grandes oscilações" nas últimas duas décadas que foram "explicadas pela evolução do contexto económico internacional".

Entre as principais razões para as oscilações estão os efeitos da crise do final da primeira década do século -- em 2011 e 2012 houve decréscimos anuais superiores a 20% - e o "decréscimo de 16% em 2020, ano inicial da pandemia da covid-19".

O estudo destaca ainda a grande concentração do negócio no setor do comércio automóvel, que apesar de 95% das empresas serem microempresas, 0,2% são responsáveis por 36% do volume de negócios do setor.

Leia Também: Produção automóvel cai 16,3% até abril para 93.266 veículos

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