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Travis Kalanick abandonou, esta terça-feira, o cargo de chefe executivo da Uber, informa o New York Times.
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A demissão do fundador da empresa de transporte surgiu no seguimento de uma discordância com cinco investidores da Uber, que já ao longo do dia haviam exigido a demissão do CEO.
Numa carta a que o New York Times teve acesso – e que foi enviada pelos acionistas da empresa a Travis Kalanick – é feito um pedido de renúncia imediata e é reivindicado que a Uber precisa de uma mudança de liderança.
Antes de tomar a decisão de sair da liderança da empresa que fundou em 2009, Kalanick consultou pelo menos um dos membros do conselho de administração, onde também ele continua a ter lugar.
"Eu gosto da Uber, mais do que qualquer outra coisa no mundo, mas, neste momento difícil da minha vida pessoal, aceitei os pedidos dos investidores para me afastar para que a Uber possa continuar a crescer, em vez de se distrair com mais um confronto", disse Kalanick em declarações ao New York Times.
No dia 13 de junho, Kalanick tinha pedido uma licença com tempo indeterminado por causa de problemas pessoais relacionados com a morte da mãe, vítima de um acidente de barco.
De recordar que 2017 não tem sido um ano fácil para a Uber ou para Kalanick enquanto líder. Depois de denúncias de ex-colaboradores sobre o ambiente sexista e tóxico que se vive dentro da empresa e de um vídeo com Kalanick a discutir com um condutor do seu próprio serviço, a tecnológica teve ainda de lidar com saídas de executivos em posições-chave.
Uma delas foi mesmo no desenvolvimento de veículos autónomos, uma área em que a Uber tem investido fortemente, seja a nível financeiro, seja no que diz respeito a talento.