Sudoeste propõe tardes de música tradicional e oficinas artísticas

Música tradicional, oficinas artísticas, performances circenses e teatro são algumas das propostas para ocupar as tardes dos "festivaleiros" instalados na Herdade da Casa Branca, no litoral alentejano, durante o festival Meo Sudoeste, onde estão já "25 mil" pessoas.

© Facebook

Cultura MEO 01/08/17 POR Lusa

 

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A 21.ª edição do festival Meo Sudoeste, no concelho de Odemira, no distrito de Beja, começa oficialmente quarta-feira, com a abertura do palco principal para quatro noites de concertos, mas, desde sábado, já chegaram "25 mil" campistas para se instalarem na Herdade da Casa Branca, segundo informou a empresa Música no Coração, entidade promotora do certame.

O recinto do festival avista-se da estrada por onde se entra para o estacionamento, onde a "receção" é feita com mais de 40 bandeiras, segundo a organização, em representação dos países de origem dos "festivaleiros".

De mochila às costas, com tendas, sacos-de cama, cadeiras e arcas de campismo, muitos estão ainda a chegar calmamente, enquanto outros já se instalaram para os próximos dias.

A chegada "antecipada" do público com passe para todos os dias de concertos é preparada pela organização, que promove um programa na área de campismo dedicado aos "residentes temporários" da Herdade da Casa Branca.

Além dos mergulhos no canal durante o dia e de festas com DJ à noite, este ano há música tradicional num novo palco criado na área de campismo, onde todas as tardes, por volta das 19:00, há um espetáculo com o grupo local "Os Açordas".

Antes de subir ao palco, o grupo, formado por oito elementos, desfila entre tendas e "tribos" instaladas, cantando, ao som da viola campaniça e do cavaquinho, a "moda" alentejana "Eu vi um passarinho", que rapidamente vai conquistando algumas vozes, palmas, batuques e também distribuindo sorrisos, por onde passa, até chegar ao palco Vila Santa Casa.

Antes do concerto, na mesma zona houve tempo para uma oficina de tapeçaria, que se repetiu hoje pela terceira vez, aproveitando materiais recolhidos no local, como paus e folhas, e reciclando outros, como plásticos, linhas e tecidos, usando como "armação" de tear os ramos de pequenas árvores.

"Pegámos numa técnica tradicional dos têxteis, que é a tapeçaria, e criámos os próprios teares nas árvores, em harmonia com a natureza local", explicaram à agência Lusa os três jovens orientadores da oficina, Inês Domingues, de 18 anos, Catarina Monteira e Ruben Falcão, de 19, que se "estrearam" no festival.

Para Carolina Câncio, de 20 anos, "aprendiz" de tapeçaria, a atividade é "gira" porque "apela à criatividade". Presente no festival pela quinta vez, a "festivaleira" louva a iniciativa, afirmando que não se desloca à Herdade da Casa Branca "apenas pela música".

A intenção da criação de um programa de atividades alargado é mesmo "ocupar mais o dia dos campistas" com uma "vertente mais cultural", explicou em declarações à agência Lusa Joana Freitas, programadora de cultura na Música do Coração.

"Achámos que faltava mais atividades, nomeadamente numa vertente mais cultural", disse, indicando que surgiu assim a ideia de "trazer a comunidade de Odemira para dentro do festival".

Além da música, nos primeiros dias de campismo decorreram oficinas artísticas, com a participação de alunos da Escola Secundária de Odemira e também da Associação de Paralisia Cerebral de Odemira e de "festivaleiros", das quais resultaram instalações patentes no recinto do festival.

A animação no campismo da Herdade da Casa Branca vai continuar até ao fim do festival, com música, teatro, performances de circo contemporâneo, oficinas de stencil e ainda, revelou Joana Freitas, com a criação de uma "orquestra comunitária", com mais de "cem festivaleiros" para fazer música com "cordas, paus e bidons", acompanhando o "Cante Alentejano".

Embora os "festivaleiros" já estejam a chegar desde sábado, a habitual festa de "receção ao campista" decorre hoje, com Warm Up Mega Hits, DJ Ride e Overule.

Matias Damásio estreia o palco principal do Meo Sudoeste na quarta-feira, às 21:30, seguido pelo reggae de Richie Campbell e pelo rapper norte-americano Mac Miller. A primeira noite de concertos encerra ao som da música dos norte-americanos The Chainsmokers.

Pelo palco principal vão passar ainda, até sábado, Mishlawi, Two Door Cinema Club, Marshmello, DJ Snake, Lil Wayne, Dua Lipa, Crystal Fighters , Martin Garrix, Jamiroquai, April Ivy, Dengaz e Afrojack.

 

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