"Estas eleições, desnecessárias, transformaram-se no tudo ou nada"

A deputada não-inscrita considera ser "importante que surja um partido revolucionário de esquerda que não tenha medo do eleitorado", mas "esse partido não é o Livre".

© Nuno Pinto Fernandes/Global Imagens

Política Joacine Katar Moreira 20/01/22 POR Márcia Guímaro Rodrigues

A deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira recorreu esta quinta-feira à rede social Twitter para criticar as eleições legislativas antecipadas, que considerou serem “totalmente desnecessárias”, e defendeu que os resultados podem definir as próximas décadas da democracia do país. Numa série de publicações, a ex-deputada do Livre afirmou ainda que “a direita coliga-se mais facilmente que a esquerda”.

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“Estas eleições, totalmente desnecessárias, a meu ver, transformaram-se no tudo ou nada pela democracia. Acredito mesmo que definirão o curso dos próximos 10 ou 20 anos. Ou o retrocesso conservador, elitista e racista ou algum (mas pouco) movimento de transformação pela igualdade”, começou por afirmar.

Estas eleições, totalmente desnecessárias, a meu ver, transformaram-se no tudo ou nada pela democracia. Acredito mesmo que definirão o curso dos próximos 10 ou 20 anos. Ou o retrocesso conservador, elitista e racista ou algum (mas pouco) movimento de transformação pela igualdade.

— JoacineKatarMoreira (@KatarMoreira) January 20, 2022

Notando que “à esquerda do PS perdem-se votos, deputadxs e capacidade negocial” e os partidos liberais e de extrema direita “multiplicam a representação”, Joacine sublinhou que “o centro do poder, que abarca PS e PSD, tem nas mãos o pendor do país e das nossas vidas”. “A direita coliga-se mais facilmente que a esquerda”, frisou.

Na sua ótica, o que poderá salvar Portugal “de um grande retrocesso é a radicalização da esquerda”, algo que “não se vislumbra nem se viu nestes últimos anos”. Contudo, “a esquerda retrai-se para não perder eleitorado, quando aquilo que a conjuntura pede é mais revolução face ao avanço da extrema-direita”.

A parlamentar lembrou que o Bloco de Esquerda e o PCP não apoiaram as suas propostas de lei anti-racistas e anti-discriminação, nem acompanharam a revisão do código penal e do código de processo penal “para não terem de posicionar-se”.

“É importante que surja um partido revolucionário de esquerda que não tenha medo do eleitorado, como eu não tive quando apresentei propostas e tomei posições. Esse partido não é o Livre. Com o Livre reforça-se o estado das coisas e apenas se garante um tacho a alguém”, atirou ainda.

Recorde-se que esta posição de Joacine Katar Moreira surge após ter criticado o líder do Livre, Rui Tavares, e o partido que representou durante um curto espaço de tempo no Parlamento. A deputada considerou que “a branquitude nacional” irá eleger o atual cabeça-de-lista do Livre pelo círculo de Lisboa, e fundador do partido, "sem nunca escrutiná-lo sobre o que se passou" no Congresso de 2020, no qual lhe retiraram a confiança política.

Leia Também: Objetivo do Livre é "voltar ao Parlamento para ficar", diz Rui Tavares

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