Marionet celebra 20 anos com regresso à sua primeira peça

A companhia de teatro de Coimbra Marionet vai começar as celebrações de 20 anos de existência com o regresso, em março, à sua primeira peça de tema científico, "A Revolução dos Corpos Celestes".

© iStock

Cultura Marionet 26/02/20 POR Lusa

 

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Ao longo do ano, a companhia vai celebrar o 20.º aniversário com a remontagem de três peças e uma exposição, começando com o espetáculo, produzido inicialmente em 2001, que marca a relação da Marionet com a ciência.

A peça "A Revolução dos Corpos Celestes", estreada em 2001 no extinto Museu Nacional da Ciência e da Técnica, em Coimbra, vai estar presente no Teatro da Cerca de São Bernardo, entre 12 e 15 de março.

"O motivo de regressar a esta peça foi o de voltar à origem do percurso na relação do teatro com a ciência. É responsável por a maior parte das coisas que hoje fazemos", disse à agência Lusa o diretor da companhia, Mário Montenegro.

O espetáculo aborda a evolução do conhecimento sobre a posição da Terra no universo, ancorando-se nos avanços científicos de três homens: Ptolomeu, Copérnico e Galileu.

A evolução da cosmologia é acompanhada por outras duas personagens - "um espírito livre e um espírito conservador" -, apresentando questões relacionadas com a História, com o exercício do poder e com o confronto entre a ciência e a igreja.

Vários anos depois, a peça, apesar de semelhante àquela que estreou em 2001, sofre algumas alterações, olhando para o tema "com olhos de hoje", explicou Mário Montenegro, considerando que o tema mantém atualidade, face a vários movimentos de negação da ciência.

"A batalha da lucidez não está ganha e é necessário provar as coisas repetidamente. Nós queremos contribuir para a cultura científica das pessoas", realçou o diretor da Marionet.

Segundo Mário Montenegro, após esta peça a relação da companhia com a ciência foi-se acentuando, frisando que, de 2010 para cá, quase todos os espetáculos apresentados são de tema científico.

Essa decisão da companhia se centrar na sua relação com a ciência é justificada, por um lado, pela necessidade de falar de temas científicos num momento em que "a ciência tem vindo a acentuar a sua importância" na sociedade e na vida das pessoas, e, por outro lado, por uma questão pragmática, referiu.

"Neste mundo cão das artes em Portugal, acabou por ser também uma forma de termos fontes de financiamento alternativas. Em vez de dependermos do saco magro das artes, pudemos, em determinados momentos, ir buscar ao saco também ele magro da ciência", salientou Mário Montenegro.

Para além de "A Revolução dos Corpos Celestes", a Marionet deverá remontar, em junho, no Teatro Académico de Gil Vicente, "LED - Viagem ao interior num computador", de 2006, e "Estranho Amor", musical não relacionado com a ciência que deverá ser reposto em outubro, no Salão Brazil.

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