Ex-presidente da África do Sul retratou-se de comentário sobre Apartheid

Frederik Willem de Klerk afirmou que o Apartheid "não foi um crime contra a humanidade". Face à onda de críticas que se seguiram pediu desculpa e retirou o seu comentário.

© Getty Images

Mundo Apartheid 17/02/20 POR Fábio Nunes

O antigo presidente sul-africano F.W. de Klerk retratou-se de um comentário sobre o Apartheid que fez na semana passada durante uma entrevista à SABC. De Klerk disse então que o Apartheid, o duro sistema de segregação racial que esteve em vigor na África do Sul entre 1948 e 1994, “não foi um crime contra a humanidade”.

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A sua afirmação gerou uma onda de revolta e de críticas no país. As Nações Unidas, que declararam o Apartheid como um crime contra a humanidade em 1973, foram uma das organizações que condenaram as palavras do antigo líder sul-africano.

O vencedor do Nobel da Paz e antigo arcebispo Desmond Tutu também criticou de Klerk e instou-o a retirar o seu comentário. Algo que aconteceu esta segunda-feira, de acordo com a Associated Press.

Através da sua fundação, a FW de Klerk Foundation, o ex-presidente da África do Sul pediu desculpa pela seu comentário e retirou-o devido à “confusão, raiva e dor que gerou”. De Klerk concordou com Desmond Tutu, frisando que “este não é o momento para trivializar sobre os níveis de inaceitabilidade do Apartheid. Foi totalmente inaceitável”.

F.W. de Klerk foi o último presidente da África do Sul sob o qual vigorou o Apartheid. Foi de Klerk que anunciou a libertação de Nelson Mandela da prisão há 30 anos, abrindo o caminho para o fim do Apartheid e para as primeiras eleições livres para todas as raças em 1994. Esse escrutínio culminou na ascensão ao poder de Mandela.

De Klerk foi laureado depois com o Prémio Nobel da Paz em conjunto com Nelson Mandela pelo papel que ambos desempenharam na transição social e política na África do Sul.

Na sequência do seu comentário, o advogado Dali Mpofu criou uma petição online na qual pede que seja retirado o Nobel da Paz a de Klerk. Essa petição já conta com mais de dez mil assinaturas.

Cerca de 21 mil pessoas morreram durante o Apartheid na África do Sul.

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