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Os dados fazem parte do relatório elaborado pelo OVV e a organização não-governamental Cecodap, em conjunto com oito universidades venezuelanas, e revelam que 1.484 menores de idade morreram violentamente em 2018.
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O número de vítimas é maior que os 1.134 registados em 2017.
"São 1.484 mortos em apenas um ano, quatro crianças ou adolescentes assassinados por cada dia do ano, 120 crianças e adolescentes assassinados cada mês, o que equivale a quatro salas de aula. [Isto] deveria abalar a consciência da sociedade", disse o diretor do OVV aos jornalistas.
Durante a apresentação do relatório, Roberto Briceño León explicou que 287 das vítimas foram mortas pelas forças de segurança, o que representa um aumento de 100 casos face ao ano de 2017.
"O número de mortos por agentes de segurança, em 2018, pretende justificar o abuso policial como uso legítimo da força. Nos relatórios policiais usam os termos [como] 'inimigo que opôs resistência'", denunciou Roberto Briceño León.
Os dados incluem também os casos de mortes por repressão social durante "a atuação excessiva, desnecessária e violadora da lei, de parte dos funcionários que assumem o controlo das manifestações públicas".
O Distrito Capital, a vizinha Miranda e os Estados de Arágua, Carabobo, Bolívar e Zúlia são as regiões do país com mais casos de crianças e adolescentes assassinados, segundo o OVV.